Tarifaço dos EUA pode cortar 146 mil empregos no Brasil em até dois anos, diz Fiemg; Governo anuncia hoje (13) pacote de emergência

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros podem provocar a eliminação de 146 mil postos de trabalho formais e informais no Brasil em até dois anos, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O chamado tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump, em vigor desde 6 de agosto, atinge mais da metade dos produtos domésticos exportados ao mercado norte-americano.

Hoje (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que as empresas afetadas terão acesso a R$ 30 bilhões em linhas de crédito, com prioridade para Pequenos negócios e produtores de alimentos perecíveis.

“Vamos aprovar a medida provisória amanhã. Nosso objetivo é mostrar que ninguém ficará desamparado pela taxação do presidente Trump”, afirmou Lula em entrevista à BandNews.


Impactos econômicos

A simulação da Fiemg projeta que as tarifas podem:

Os setores industriais mais atingidos serão siderurgia, madeira, calçados e máquinas e equipamentos mecânicos.

Na agropecuária, destaca-se o impacto sobre a cadeia da carne bovina, ainda fora da lista de isenções tarifárias e responsável por parte significativa das exportações brasileiras.

Estratégia do governo

Além do pacote de crédito, o governo buscará:

“Não dá para aceitar a taxação de Trump sem reagir. Há leis nos Estados Unidos que permitem processos, e vamos incentivar os empresários a lutar por seus mercados”, disse Lula.

Dados de exportação

Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões aos EUA, o equivalente a 1,8% do PIB nacional. Metade desse valor está concentrada em combustíveis minerais, ferro e aço, máquinas e equipamentos — exatamente os setores diretamente atingidos pelo tarifaço.

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