Uma transição energética é apontada por especialistas como a única saída para reduzir o impacto dos gases que provocam as mudanças climáticas. Nesse cenário, o hidrogênio verde desponta como a solução mais promissora: um litro pode gerar três vezes mais energia do que a gasolina, liberando apenas vapor de água — e não CO₂.
Vantagem competitiva do Brasil
Para produzi-lo de forma limpa, o Brasil sai na frente com um trunfo raro: abundância de energia solar e eólica, que pode colocá-lo na liderança mundial de fabricação e exportação.
O Nordeste desponta como a região mais promissora, graças ao sol intenso e ventos constantes. Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará estão na linha de frente.
Potencial de exportação para a Europa
Além dos recursos naturais, a proximidade dos portos facilita a exportação. A União Europeia, que ainda depende majoritariamente de combustíveis fósseis, vê no Brasil um parceiro estratégico para diversificar sua matriz energética e reduzir emissões.
Investimentos e projetos em andamento
No Ceará, uma fábrica já iniciou a produção. O Rio Grande do Norte firmou acordos com empresas francesas e alemãs, enquanto a Bahia constrói sua primeira planta de hidrogênio verde. Ao mesmo tempo, montadoras avançam nos testes de veículos movidos pelo combustível.
Desafios logísticos e tecnológicos
O transporte é um dos maiores entraves: o hidrogênio exige armazenamento a baixas temperaturas e alta pressão, encarecendo a logística. Além disso, sua competitividade depende de avanços tecnológicos que reduzam o custo de produção e viabilizem a distribuição em larga escala.
Um futuro que depende de decisão política
Mudanças na matriz energética demandam tempo, investimento em pesquisa e, sobretudo, vontade política.
Se bem conduzido, o setor pode transformar o Brasil em referência global, impulsionar exportações, modernizar indústrias e contribuir significativamente para a preservação ambiental.