Em resposta direta ao aumento tarifário de até 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, senadores brasileiros articulam uma ofensiva diplomática em Washington com o objetivo de reverter a medida e alertar para seus possíveis impactos geopolíticos.A delegação parlamentar, que deve desembarcar na capital americana nos próximos dias, levará um recado claro ao Congresso dos EUA: as sanções comerciais contra o Brasil podem gerar um efeito contrário ao pretendido — aproximando o país de forma ainda mais estratégica da China, principal parceira comercial do Brasil e rival geopolítico dos Estados Unidos.
“A intenção é mostrar que essas tarifas não afetam apenas o comércio, mas também as relações bilaterais de longo prazo e a estabilidade regional. Não se trata apenas de proteger setores; trata-se de preservar alianças estratégicas”, disse um dos senadores envolvidos na articulação.
Setores como agronegócio, mineração e indústria de transformação já sentem os primeiros impactos da medida norte-americana, o que tem mobilizado não apenas parlamentares, mas também empresários, diplomatas e lideranças setoriais.
A visita a Washington inclui reuniões com congressistas, representantes do Departamento de Estado e entidades comerciais, com o intuito de demonstrar que a decisão dos EUA pode empurrar o Brasil a diversificar suas alianças econômicas e estratégicas, especialmente em um contexto de crescente disputa entre Washington e Pequim pela influência global.
Além de uma reavaliação comercial, parlamentares brasileiros não descartam um realinhamento diplomático mais amplo, caso as tarifas sejam mantidas e ampliadas.
A viagem dos senadores acontece em meio à intensificação das tensões comerciais e ao debate sobre o papel do Brasil na nova ordem econômica global. O desfecho dessa visita poderá redefinir os rumos das relações Brasil–Estados Unidos nos próximos anos.
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