Saiba quais são os 10 principais setores mais impactados pela pandemia em 2021 e qual o cenário em possíveis pedidos de RJ

A pandemia do Coronavírus, que desde março de 2020 vem causando muitos efeitos em todos os âmbitos da vida, ainda registra diversos impactos em alguns setores da economia.

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (29), pela Quist Investimentos – consultoria especializada em recuperação judicial e reestruturação de empresas, mostra, por meio de um ranking, uma variação importante da produtividade, principalmente nas denominadas indústrias de transformação.

Segundo Douglas Duek, CEO da Quist, o estudo foi realizado com base no tamanho do mercado de cada seção registrada no CNAE, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

A base de dados utilizada é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto a levantamentos feitos no Econodata, além de histórico de dados internos e do movimento falimentar.

Além de elencar as principais áreas em queda, a pesquisa também mostra quantos pedidos de recuperação judicial seriam feitos em caso de crises mais agudas por cada uma delas.

Em primeiro lugar, está o setor de fabricação e refino de açúcar que poderia chegar ao número de 12 pedidos de recuperação judicial.

Em segundo lugar, está a abrangente seção de Livros, jornais, revistas e papelaria. Com um mercado imponente, que envolve desde comércio varejista de apostilas até comércio de papelarias, a seção conta com 128.280 empresas registradas no CNAE.

Somadas, as organizações poderiam atingir a robusta marca de 1.283 pedidos de RJ, com variação de -22,9% em relação a 2021. Ano passado, essa variação era de 29,9% para o setor. Este é o único representante do comércio na lista atual.

A terceira colocação ficou para a fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes, com variação de -20,6% e probabilidade de 9 possíveis pedidos de recuperação judicial em 2021.

A seção é seguida por: 4º – beneficiamento de arroz e fabricação dos produtos de arroz, que abrange um mercado de 8.121 empresas e poderia chegar a pedir 81 recuperações judiciais, 5º – fabricação de margarina e outras gorduras vegetais e de óleos não-comestíveis de animais, com 60 empresas e uma única possível RJ, 6º – fabricação de produtos de limpeza e polimento, com registro de 5.598 pontos de produção e que poderia chegar a 56 solicitações.

As quatro últimas posições mostram setores bastante conhecidos e com grande variedade de produtos, como no caso da indústria de laticínios, que ocupou o sétimo lugar.

De acordo com o Econodata, são 12.320 empresas que poderiam atingir 123 solicitações para reerguer o negócio. Na oitava posição, está a fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, com prováveis 149 pedidos e um mercado de 14.934 organizações.

Os dois últimos lugares são ocupados, respectivamente, pela fabricação de biocombustíveis, com 1.088 empresas e 11 possíveis RJ’s e torrefação e moagem de café, que chegaria a 36 solicitações e conta com 3.577 empresas em seu mercado.

PRINCIPAIS MUDANÇAS EM RELAÇÃO A 2020

A mesma pesquisa foi aplicada no primeiro ano da pandemia para entender o comportamento do mercado. Ainda segundo Duek, o setor que ocupou a primeira posição foi o de transporte aéreo, que poderia chegar a 4 possíveis RJ’s.

A lista de 2020 segue com áreas como fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias em segundo lugar (6 possíveis pedidos de recuperação judicial), turismo em terceiro (probabilidade de 278 RJ’s) e serviços de alojamento e alimentação em quarto (3.105 pedidos). “Setores visivelmente afetados com as medidas de isolamento social, por exemplo”, afirma Douglas.

Douglas-duek

Douglas Duek

Sair da versão mobile