No dia 22 de outubro, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, informou que o Brasil está próximo do pleno emprego, com a taxa de desocupação registrada em 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Este é um dos menores índices da série histórica, que atingiu 6,1% em novembro de 2024.
Durante uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Galípolo abordou a política monetária e outros assuntos relevantes à autoridade monetária. Ele destacou que, nos últimos quatro anos, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu mais de 3% ao ano, stimulated by increased productivity in the agricultural sector and a robust recovery in the labor market, which in turn boosted the services and industrial sectors.
O presidente do BC observou também que em março, as vendas de veículos novos alcançaram o maior nível em cinco anos, e que, em fevereiro, a utilização da capacidade instalada na construção civil atingiu o ponto mais alto em uma década. Além disso, o volume de serviços e comércio está próximo dos recordes históricos.
Galípolo ressaltou que o dinamismo da economia brasileira não se limita a um único setor e enfatizou a rápida diminuição no nível de desocupação observada. Ele informou que a renda disponível das famílias cresceu 22% entre dezembro de 2021 e dezembro de 2024, a maior alta em três anos. O crédito bancário também representa quase 55% do PIB, um dos maiores percentuais já registrados.
Papel Anticíclico do Banco Central
Em um contexto de forte crescimento econômico, Galípolo defendeu o papel anticíclico do Banco Central. Ele destacou que, em momentos de aquecimento econômico, é necessário “refrear um pouco a economia” para evitar pressões inflacionárias. Segundo Galípolo, cabe ao BC exercer uma força estabilizadora, mesmo que isso envolva escolhas impopulares.
Ele usou uma metáfora para explicar a situação: “Quando a festa está ficando muito aquecida e o pessoal está subindo em cima da mesa, tira a bebida da festa. Mas também, quando o pessoal está querendo ir embora, você fala: ‘fica, está chegando mais bebida, fiquem tranquilos’”. O desafio atual, segundo Galípolo, é prevenir que o aquecimento excessivo da economia se transforme em uma espiral inflacionária.