PL e Novo se isolam; Motta prorroga análise de anistia 8/1

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Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados - Foto: Republicanos

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou na quinta-feira (24) que o colégio de líderes decidiu adiar a análise do requerimento de urgência referente ao projeto de anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro. A decisão foi apoiada por líderes que representam mais de 400 parlamentares. Apenas o Partido Liberal (PL) e o Novo defenderam a discussão imediata do tema.

Motta esclareceu que o adiamento não implica a suspensão do diálogo sobre a questão, ressaltando uma vontade de diálogo entre os partidos a fim de buscar uma solução. “Já há uma sinalização dos líderes que pediram o adiamento de que o diálogo pode avançar”, afirmou.

O presidente da Câmara enfatizou que não há concordância com penas excessivas ou injustiças, apontando uma disposição para agir em casos de injustiça. Segundo ele, “há um sentimento de convergência de que algo precisa ser feito para que a Casa não seja insensível a essa pauta”.

O colégio de líderes não discutiu a criação de uma comissão especial sobre a anistia. Após a declaração de Motta, o líder da oposição, Zucco (PL-RS), sinalizou que a obstrução dos apoiadores da anistia deve ser retomada. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que a obstrução seguirá dentro do regimento e que haverá um calendário para o projeto. Ele informou que pretendem realizar alterações para restringir os benefícios apenas a quem estiver comprovadamente envolvido nos atos de depredação.

O projeto de lei de anistia, de autoria do deputado Rodrigo Valadares (União-SE), pode potencialmente beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta visa anistiar “todos que participaram de eventos subsequentes ou anteriores aos fatos de 8 de janeiro, desde que mantenham correlação com os eventos mencionados”.

Ainda na tarde desta quinta-feira, um encontro entre Motta e Sóstenes foi agendado. No dia anterior, Sóstenes se reuniu com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos principais aliados de Motta, para discutir a falta de diálogo entre o presidente da Câmara e o PL sobre a anistia.

Para a próxima semana, Motta indicou que a pauta incluirá projetos relacionados à educação e outras questões remanescentes. Ele já havia manifestado sua preferência em “gastar energia” em áreas como saúde, educação e segurança, em vez de focar na anistia aos presos do 8 de janeiro.

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