Nvidia e AMD aceitarão pagar 15% de receita de vendas de chips de IA para a China ao governo dos EUA, afirma The Washington Post

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Reunião do Primeiro-Ministro Mikhail Mishustin com o Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês Xi Jinping na Casa do Governo da Rússia. | Foto: Governo da Rússia

As fabricantes de semicondutores norte-americanas Nvidia e AMD concordaram em repassar ao governo dos Estados Unidos 15% da receita obtida com vendas de chips de inteligência artificial para a China, como condição para a obtenção de licenças de exportação ao país asiático, segundo informações de The Washington Post. O acordo, descrito como “sem precedentes” por fontes próximas ao assunto, representa uma mudança significativa na abordagem norte-americana de controle de exportações.

Em comunicado, a Nvidia afirmou:

“Seguimos as regras que o governo dos EUA estabelece para nossa participação nos mercados mundiais. Embora não tenhamos enviado H20 para a China há meses, esperamos que as regras de controle de exportação permitam que os Estados Unidos concorram na China e no mundo. Os Estados Unidos não podem repetir o 5G e perder a liderança em telecomunicações. A pilha de Tecnologia de IA da América pode ser o padrão mundial se corrermos.”

O arranjo chama atenção por introduzir um componente de arrecadação fiscal em políticas tradicionalmente fundamentadas apenas em imperativos de segurança nacional. Desde 2022, Washington impõe controles rigorosos à exportação de chips avançados e tecnologias relacionadas para a China, ampliando as restrições em 2023 e 2024 para incluir semicondutores de alto desempenho, como os chips HBM, capazes de exceder determinados limites técnicos.

O objetivo declarado é impedir que Pequim desenvolva supercomputadores e sistemas de IA de ponta com aplicações militares. Em julho, a Nvidia anunciou que o governo dos EUA havia revertido parcialmente a proibição, permitindo a venda do modelo H20 para clientes chineses.

Fabricantes estrangeiros em países aliados, especialmente Coreia do Sul e Japão, têm pressionado por mais flexibilidade nas regras, temendo perdas bilionárias de receita e interrupções nas cadeias de suprimento globais.

A AMD e a Casa Branca não comentaram imediatamente a reportagem.

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