A consolidação do home office no Brasil está alterando não apenas a dinâmica do trabalho, mas também os hábitos de consumo. Dados da Associação Brasileira de Comércio eletrônico (ABComm) indicam que o comércio eletrônico brasileiro movimentou R$ 204,3 bilhões em 2024, um crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior.
Foram registrados quase 415 milhões de pedidos, com um ticket médio de R$ 492,40. O número de consumidores online alcançou 91,3 milhões.
Estudos apontam uma correlação direta entre o trabalho remoto e o crescimento das compras virtuais. Com mais tempo em casa e maior controle sobre a própria agenda, muitos consumidores aproveitam intervalos entre tarefas profissionais para realizar compras online, favorecidos pela praticidade e pela acessibilidade dos canais digitais.
Integração com plataformas de mensagens impulsiona vendas
O uso de aplicativos como o WhatsApp também se tornou parte fundamental dessa nova lógica de consumo. Segundo o Opinion Box, 79% dos brasileiros utilizam o aplicativo para se comunicar com empresas.
Outra pesquisa da ABComm mostra que 93% das empresas já usam a ferramenta como canal de vendas e atendimento.
Especialistas apontam que a comunicação eficiente é essencial nesse cenário. O atendimento deve ser ágil, direto e acolhedor, mesmo quando realizado por meio de chatbots, com foco em personalização e experiência do cliente.
Nova vitrine: redes sociais e tempo certo para vender
As redes sociais funcionam como vitrines digitais. A organização visual dos perfis, a qualidade das imagens e a objetividade das descrições são decisivas para atrair consumidores.
O momento das postagens também importa: horários estratégicos, como pausas para o café ou o fim do expediente, podem influenciar diretamente nas conversões.
Jornada de compra mais ágil e próxima do consumidor
Outro ponto destacado é o papel do pós-venda. O contato após a entrega, com ações como envio de cupons e pesquisas de satisfação, fortalece a fidelização e o vínculo com o cliente.
A lógica do consumo mudou: agora ele ocorre entre tarefas do dia a dia, no mesmo ambiente onde se trabalha, sem necessidade de deslocamentos.
Esse cenário indica que a digitalização do consumo, acelerada pela pandemia e consolidada com o home office, tende a se manter como parte da rotina. A tendência é de que o e-commerce continue crescendo, impulsionado pela conveniência, pela conectividade e pela mudança nos hábitos cotidianos.