A Canopy, nova empresa voltada à aquisição e consolidação de negócios de Tecnologia focados em clientes corporativos, acaba de levantar US$ 100 milhões em sua rodada inicial de investimentos.
Os recursos foram aportados pelas gestoras de private equity Bessemer Venture Partners (EUA) e Cloud9 (Brasil), ambas especializadas no setor de tecnologia.
Sob liderança de Thiago Rocha, ex-vice-presidente da Sinqia, a Canopy pretende adquirir empresas de software maduras e com posição relevante em seus nichos de mercado.
A estratégia inclui tanto soluções verticais — voltadas a setores como finanças, telecomunicações, saúde, educação, serviços, varejo e indústria — quanto softwares horizontais utilizados em processos de negócios locais, como contabilidade, jurídico, recursos humanos e finanças.
Como parte do acordo com os investidores, Brian Feinstein (Bessemer) e Felipe Affonso (Cloud9) foram indicados para integrar o Conselho de Administração da nova companhia.
Estratégia de consolidação
A Canopy surge com a proposta de consolidar um mercado altamente fragmentado. Segundo dados do setor, o Brasil abriga mais de 9 mil empresas dedicadas ao desenvolvimento de software.
A consolidação tem sido um caminho recorrente entre as principais empresas do setor, que buscaram escala por meio de aquisições.
“O Brasil tem um dos maiores mercados de software do mundo. Acreditamos que, com uma estrutura de capital adequada e um processo de aquisição disciplinado, é possível construir uma empresa de referência no setor”, afirmou Thiago Rocha.
Com mais de 20 anos de experiência no setor, Rocha participou de forma ativa na estratégia de crescimento da Sinqia, empresa de tecnologia para o mercado financeiro, onde liderou 19 das 24 aquisições realizadas antes da venda da companhia.
Próximos passos
A expectativa é que os recursos captados sejam investidos ao longo dos próximos três anos, com a primeira aquisição prevista ainda para o primeiro ano de operação.
Segundo Rocha, a Canopy já está em contato com empreendedores interessados em discutir processos de sucessão ou consolidação de mercado.
A empresa afirma que pretende manter as marcas adquiridas e preservar o legado das companhias incorporadas, priorizando a continuidade das operações e a valorização de clientes, colaboradores e fornecedores.