O apagão no Chile na terça-feira (25) foi um dos maiores da história do país, deixando cerca de 19 milhões de pessoas sem energia elétrica. A falha no sistema elétrico ocorreu às 15h16, impactando várias regiões, incluindo a capital, Santiago. O governo decretou estado de exceção e impôs um toque de recolher entre 22h e 6h para conter possíveis tumultos.
O governo chileno prometeu uma investigação detalhada para identificar a causa exata da falha e implementar soluções que evitem futuros colapsos energéticos.
O que causou o apagão no Chile?
A desconexão ocorreu no norte do Chile, segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred). A interrupção atingiu 99% das cidades do país no pico do problema, deixando milhões de pessoas sem serviços essenciais.
A ministra do Interior, Carolina Tohá, organizou uma reunião de emergência para definir medidas para a retomada do fornecimento. Até o fim da noite, algumas regiões já haviam recuperado a energia, mas áreas como Arica e Parinacota e Los Lagos ainda permaneciam sem eletricidade.
Além dos impactos imediatos, o apagão no Chile levanta questões sobre a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica do país. Especialistas apontam que a dependência de um sistema centralizado pode tornar eventos desse tipo mais frequentes caso medidas preventivas não sejam adotadas.
Setores como o comércio e o turismo também foram severamente afetados. Em cidades como Valparaíso, alguns estabelecimentos precisaram fechar mais cedo devido à falta de energia, enquanto hotéis relataram dificuldades para atender hóspedes. Pequenos negócios, que dependem de refrigeração para armazenar alimentos, enfrentaram prejuízos significativos.
Outro ponto de atenção é a resposta do governo diante da crise. A rápida decretação do estado de exceção e do toque de recolher ajudou a manter a ordem pública, mas também gerou debates sobre a necessidade de tais medidas em um apagão de origem técnica. Líderes da oposição pedem mais transparência no plano de recuperação energética.
Enquanto isso, a população segue tentando retomar a rotina, aguardando esclarecimentos e medidas concretas para garantir que um incidente dessa magnitude não se repita no futuro.
Impactos nas principais cidades e serviços
O apagão afetou setores essenciais, incluindo transporte, comunicação e mineração. Confira os principais impactos:
Setor | Impacto |
---|---|
Transporte | O metrô de Santiago foi completamente paralisado. Os semáforos apagados causaram congestionamentos. |
Saúde | Hospitais transferiram pacientes devido à falta de energia para equipamentos. |
Telecomunicações | O sinal de telefonia móvel ficou instável em diversas regiões. |
Mineração | A Escondida, maior mineradora de cobre do mundo, teve a produção interrompida. A estatal Codelco também foi afetada. |
Educação | Escolas suspenderam aulas em várias cidades. |
Impacto do apagão nos voos
O apagão no Chile teve reflexos no setor aéreo, afetando voos nacionais e internacionais. O Aeroporto de Santiago operou com geradores, mas a companhia Latam Airlines reportou atrasos e cancelamentos.
No Brasil, passageiros enfrentaram atrasos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A Latam informou que permitirá a alteracão de datas sem custo para os passageiros impactados.
Retorno da energia e normalização dos serviços
A energia começou a ser restabelecida gradualmente ao longo da noite, com prioridade para hospitais e serviços essenciais. O governo continua monitorando a situação e investiga as causas exatas do colapso elétrico.
O metrô de Santiago retomou operações parciais, e os voos também estão sendo normalizados. No entanto, algumas regiões do norte e sul do país seguem sem previsão exata para a volta completa da eletricidade.
O apagão no Chile evidenciou a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica do país e seus impactos em múltiplos setores. As autoridades seguem buscando soluções para evitar novos eventos semelhantes no futuro. Enquanto isso, a população enfrenta dificuldades, aguardando a normalização completa dos serviços.