Apagão no Chile afeta 19 milhões de pessoas e atrasa voos do Brasil

O apagão teve reflexos no setor aéreo, afetando voos nacionais e internacionais. No Brasil, passageiros enfrentaram atrasos

Apagão no Chile

Lukas Souza/Unsplash

O apagão no Chile na terça-feira (25) foi um dos maiores da história do país, deixando cerca de 19 milhões de pessoas sem energia elétrica. A falha no sistema elétrico ocorreu às 15h16, impactando várias regiões, incluindo a capital, Santiago. O governo decretou estado de exceção e impôs um toque de recolher entre 22h e 6h para conter possíveis tumultos.

O governo chileno prometeu uma investigação detalhada para identificar a causa exata da falha e implementar soluções que evitem futuros colapsos energéticos.

O que causou o apagão no Chile?

A desconexão ocorreu no norte do Chile, segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred). A interrupção atingiu 99% das cidades do país no pico do problema, deixando milhões de pessoas sem serviços essenciais.

A ministra do Interior, Carolina Tohá, organizou uma reunião de emergência para definir medidas para a retomada do fornecimento. Até o fim da noite, algumas regiões já haviam recuperado a energia, mas áreas como Arica e Parinacota e Los Lagos ainda permaneciam sem eletricidade.

Além dos impactos imediatos, o apagão no Chile levanta questões sobre a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica do país. Especialistas apontam que a dependência de um sistema centralizado pode tornar eventos desse tipo mais frequentes caso medidas preventivas não sejam adotadas.

Setores como o comércio e o turismo também foram severamente afetados. Em cidades como Valparaíso, alguns estabelecimentos precisaram fechar mais cedo devido à falta de energia, enquanto hotéis relataram dificuldades para atender hóspedes. Pequenos negócios, que dependem de refrigeração para armazenar alimentos, enfrentaram prejuízos significativos.

Outro ponto de atenção é a resposta do governo diante da crise. A rápida decretação do estado de exceção e do toque de recolher ajudou a manter a ordem pública, mas também gerou debates sobre a necessidade de tais medidas em um apagão de origem técnica. Líderes da oposição pedem mais transparência no plano de recuperação energética.

Enquanto isso, a população segue tentando retomar a rotina, aguardando esclarecimentos e medidas concretas para garantir que um incidente dessa magnitude não se repita no futuro.

Impactos nas principais cidades e serviços

O apagão afetou setores essenciais, incluindo transporte, comunicação e mineração. Confira os principais impactos:

SetorImpacto
TransporteO metrô de Santiago foi completamente paralisado. Os semáforos apagados causaram congestionamentos.
SaúdeHospitais transferiram pacientes devido à falta de energia para equipamentos.
TelecomunicaçõesO sinal de telefonia móvel ficou instável em diversas regiões.
MineraçãoA Escondida, maior mineradora de cobre do mundo, teve a produção interrompida. A estatal Codelco também foi afetada.
EducaçãoEscolas suspenderam aulas em várias cidades.

Impacto do apagão nos voos

O apagão no Chile teve reflexos no setor aéreo, afetando voos nacionais e internacionais. O Aeroporto de Santiago operou com geradores, mas a companhia Latam Airlines reportou atrasos e cancelamentos.

No Brasil, passageiros enfrentaram atrasos no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A Latam informou que permitirá a alteracão de datas sem custo para os passageiros impactados.

Retorno da energia e normalização dos serviços

A energia começou a ser restabelecida gradualmente ao longo da noite, com prioridade para hospitais e serviços essenciais. O governo continua monitorando a situação e investiga as causas exatas do colapso elétrico.

O metrô de Santiago retomou operações parciais, e os voos também estão sendo normalizados. No entanto, algumas regiões do norte e sul do país seguem sem previsão exata para a volta completa da eletricidade.

O apagão no Chile evidenciou a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica do país e seus impactos em múltiplos setores. As autoridades seguem buscando soluções para evitar novos eventos semelhantes no futuro. Enquanto isso, a população enfrenta dificuldades, aguardando a normalização completa dos serviços.

Sair da versão mobile