Volume de Transações do Pix em Janeiro
O Banco Central registrou, entre 1º e 14 de janeiro de 2025, 2,29 bilhões de transações via Pix, com movimentação de aproximadamente R$ 920 bilhões. O número representa uma redução de 15,3% em relação ao mesmo período de dezembro de 2024, quando foram realizadas 2,7 bilhões de transferências, movimentando R$ 1,12 trilhão.
De acordo com o Banco Central, o comportamento reflete a sazonalidade típica do período. Tradicionalmente, janeiro registra menor volume de transações devido às férias e ao impacto de pagamentos e compras realizados em dezembro, como o décimo terceiro salário e as compras de Natal.
O volume de transações de janeiro foi o mais baixo desde julho de 2024, quando foram realizadas 2,26 bilhões de transferências. Apesar da queda mensal, o Pix apresentou crescimento em relação a janeiro de 2024, que registrou 1,75 bilhão de transações e movimentação de R$ 659,7 bilhões.
Dados Consolidados do Pix em 2024
Em 2024, o Pix processou 42 bilhões de transações, totalizando R$ 17,2 trilhões movimentados. O Banco Central registrou um recorde em 29 de novembro, com 239,9 milhões de transferências em um único dia, devido ao pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário.
Segundo os dados, 76,4% da população brasileira utilizou o Pix como principal meio de pagamento, ultrapassando o cartão de débito (69,1%) e o dinheiro físico (68,9%).
Recursos Tecnológicos Adicionados ao Pix
Em 2024, o Pix recebeu atualizações tecnológicas voltadas para segurança e eficiência das transações, como:
- Reconhecimento facial para autenticação de usuários.
- Autenticação multifator (MFA), que reduziu riscos de fraude.
- Monitoramento contínuo das operações em tempo real.
Ariel Salles, vice-presidente de tecnologia da Avivatec, destacou o papel do reconhecimento facial na autenticação de transações, afirmando que o recurso dificulta fraudes, como o uso de senhas roubadas.
Lançamento do Pix por Aproximação
A partir de 5 de fevereiro de 2025, estará disponível a funcionalidade Pix por aproximação, que utiliza tecnologia NFC (near field communication). O recurso permitirá que usuários realizem pagamentos apenas aproximando dispositivos, como smartphones ou cartões, para transações de baixo valor.
O Banco Central afirmou que a modalidade será implementada para atender à demanda por maior agilidade em pagamentos do cotidiano, como compras rápidas e uso no Transporte público.
Declarações Oficiais Sobre a Redução no Volume de Transações
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a redução do volume de transações em janeiro como uma variação sazonal esperada.
“Em janeiro, caem as movimentações do Pix em relação a dezembro. Quando você considera a sazonalidade, não há problemas,” afirmou Haddad.
O Banco Central reafirmou que a redução está dentro dos padrões históricos e que o sistema permanece operando de forma estável.
Cenário Atual
A retração sazonal no início de 2025 ocorre em um momento de discussão sobre o uso do Pix e a modernização de sua regulamentação. Em janeiro, o governo revogou normas relacionadas à fiscalização das transações e anunciou uma medida provisória para reforçar o sigilo bancário, a gratuidade e a não tributação para pessoas físicas.