Branca de Neve 2025: O que funcionou e o que falhou na releitura da Disney?

Branca de Neve 2025 adapta o clássico da Disney com Rachel Zegler e Gal Gadot. Entre elogios à música e críticas ao CGI, o filme divide opiniões. Descubra os acertos e falhas dessa releitura.

O filme Branca de Neve 2025, lançado pela Disney em 20 de março de 2025 no Brasil, chegou às telas como uma adaptação live-action do clássico animado de 1937. Dirigido por Marc Webb, o longa traz Rachel Zegler no papel principal e Gal Gadot como a Rainha Má, buscando modernizar o conto de fadas dos Irmãos Grimm para um público contemporâneo. 

A trama apresenta mudanças como a ausência do Príncipe Encantado e a substituição dos tradicionais sete anões por seres mágicos criados em CGI (Computer-Generated Imagery). Desde seu anúncio, o projeto gerou debates entre críticos e espectadores, especialmente por decisões de produção e contexto externo.

O filme, com duração de 109 minutos, mantém a essência da história original enquanto tenta oferecer uma nova perspectiva. Rachel Zegler interpreta uma Branca de Neve mais independente, que escapa de uma tentativa de assassinato e encontra refúgio com sete figuras mágicas. 

Gal Gadot, por sua vez, assume o papel da antagonista em uma narrativa que mistura números musicais e elementos visuais marcantes. Nesse sentido, o longa reflete o esforço da Disney em atualizar seus clássicos, mas os resultados dividiram opiniões.

Aspectos em foco na recepção do filme

A estreia de Branca de Neve 2025 trouxe à tona uma série de análises sobre o que o filme conseguiu entregar e onde enfrentou dificuldades. Críticas publicadas em diferentes veículos destacam pontos específicos da produção, desde a atuação até os efeitos visuais. Para entender o impacto dessa adaptação, é necessário observar os elementos que receberam elogios e aqueles que foram questionados.

O remake, escrito por Greta Gerwig e Erin Cressida Wilson, com trilha sonora de Benj Pasek e Justin Paul, busca equilíbrio entre tradição e inovação. Dessa forma, o filme mantém canções clássicas, como “Waiting on a Wish”, enquanto introduz novas faixas, a exemplo de “Princess Problems”. Sob esse aspecto, a produção também apresenta Jonathan, um líder de ladrões interpretado por Andrew Burnap, substituindo o Príncipe Encantado da história original. De maneira semelhante, o filme enfrentou desafios externos, como debates sobre o casting e questões levantadas antes mesmo de sua estreia. 

O que deu certo em Branca de Neve 2025?

Atuação de Rachel Zegler

Branca de Neve em "Branca de Neve 2025", sorrindo em um bosque enquanto segura um passarinho azul.
Fonte: Print do Trailer Oficial/Canal Disney

Rachel Zegler, escalada como Branca de Neve, foi um dos destaques da produção. Sua performance, especialmente nos números musicais, recebeu atenção positiva da crítica. A capacidade de Zegler de transmitir emoção em canções como “Waiting on a Wish” foi apontada como um dos pontos fortes do filme. Em resumo, sua presença trouxe frescor à personagem, alinhando-se à proposta de uma protagonista mais ativa.

Números musicais

A trilha sonora, assinada por Benj Pasek e Justin Paul, manteve o espírito característico da Disney. Faixas como “Princess Problems” foram mencionadas por trazerem um tom moderno à narrativa. Esses momentos, aliados à direção de Marc Webb em cenas de dança, ofereceram alívio em meio a uma trama densa. Por sua vez, a música ajudou a conectar o público infantil à história, um dos objetivos centrais do remake.

Figurinos e aspecto visual

Rainha má em um castelo medieval na adaptação de Branca de Neve 2025, com soldados ao fundo.
Fonte: Print do Trailer Oficial/Canal Disney

Os figurinos e cenários de Branca de Neve 2025 foram elogiados por sua riqueza de detalhes. A produção investiu em uma estética que remete ao conto de fadas, com cores vibrantes e designs que chamam a atenção. Apesar de críticas a alguns elementos visuais, como cenários artificiais, o trabalho geral nesse quesito foi visto como um acerto, reforçando a identidade visual da Disney.

O que não funcionou em Branca de Neve 2025?

CGI dos anões

Os sete anões seguram ferramentas em cena da adaptação Branca de Neve 2025, com expressões intensas.
Fonte: Print do Trailer Oficial/Canal Disney

O uso de CGI para criar os sete seres mágicos que substituem os anões tradicionais gerou reações negativas. A decisão, influenciada por comentários de Peter Dinklage sobre a representação original, resultou em figuras descritas como artificiais e desconfortáveis por parte da crítica. Desse modo, o aspecto técnico falhou em integrar esses personagens à narrativa de forma natural, impactando a imersão do espectador.

Tom narrativo incoerente

A tentativa de equilibrar o clássico com uma releitura moderna foi vista como um desafio não superado. Enquanto isso, a trama oscila entre ser uma homenagem ao filme de 1937 e oferecer uma visão contemporânea, o que gerou questionamentos sobre sua identidade. Por outro lado, a inclusão de elementos como uma mina de gemas mágicas foi apontada como pouco relevante, contribuindo para a sensação de desorientação.

Recepção de Gal Gadot

Rainha sombria com coroa em cena do filme "Branca de Neve 2025", com olhar intenso e misterioso.
Fonte: Print do Trailer Oficial/Canal Disney

Gal Gadot, no papel da Rainha Má, teve uma recepção mista. Sua atuação, embora com momentos marcantes, foi considerada menos consistente em comparação à de Zegler. Em contrapartida, a química entre as duas protagonistas não alcançou o impacto esperado, afetando a dinâmica central da história. Sob essa perspectiva, o desempenho da antagonista ficou aquém para alguns analistas.

Controvérsias externas

Branca de Neve está na cabana dos anões em Branca de Neve 2025, cercada por uma decoração rústica.
Fonte: Print do Trailer Oficial/Canal Disney

O filme enfrentou debates antes mesmo de chegar às telas. A escolha de Rachel Zegler, de ascendência colombiana, para o papel principal levantou discussões sobre representatividade. Ao mesmo tempo, declarações políticas das atrizes, incluindo posicionamentos sobre o conflito Israel-Gaza, trouxeram atenção adicional ao projeto. Diante disso, a produção lidou com uma publicidade que dividiu opiniões, influenciando a percepção inicial do público. A tabela abaixo resume os principais aspectos abordados pela crítica:

AspectoObservação PositivaObservação Negativa
AtuaçãoRachel Zegler destacada por habilidades musicaisGal Gadot com recepção mista
Efeitos VisuaisFigurinos e cenários elogiadosCGI dos anões amplamente criticado
NarrativaTentativa de modernização reconhecidaTom considerado incoerente por alguns
MúsicaNúmeros musicais bem recebidosTrilha fora dos musicais menos impactante

O legado das produções da Disney

Castelo da Disney ao pôr do sol, com o logo do estúdio. Divulgação de Branca de Neve 2025.
Fonte: Print do Trailer Oficial/Canal Disney

O lançamento de Branca de Neve 2025 reflete os desafios de adaptar um clássico para o século XXI. A Disney, conhecida por seus remakes em live-action, buscou com este filme atender tanto aos fãs do original quanto a uma nova geração. Em outras palavras, o longa tenta dialogar com o público atual sem abandonar suas raízes.

No entanto, as dificuldades enfrentadas, como o uso de CGI e o tom narrativo, indicam que nem todas as escolhas foram bem-sucedidas. A propósito, o filme foi descrito como mais alinhado aos interesses de estudantes de cinema e política do que ao público infantil tradicional da Disney.

Por fim, Branca de Neve 2025 deixa um registro ambíguo. De fato, os acertos em atuações e aspectos visuais contrastam com os problemas técnicos e narrativos. Nesse caso, o filme se posiciona como um capítulo que pode influenciar as próximas produções do estúdio, seja na busca por inovação ou no respeito ao legado do conto de fadas. Atualmente, a recepção crítica e pública segue em debate, sugerindo que o impacto dessa obra será discutido por algum tempo.

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