Mulheres brasileiras têm conquistado espaço no empreendedorismo global, com destaque para iniciativas que envolvem produção sob demanda em centros industriais na Ásia. Em Ningbo, uma das principais zonas portuárias da China, empresárias do Brasil têm desenvolvido suas próprias marcas com apoio técnico e logístico local.
Operações adaptadas a Pequenos negócios
A operação é coordenada por Nadine Ribeiro, gerente de Novos Projetos da Ningbo BR Goods, empresa que atua no desenvolvimento, fabricação e gestão logística de produtos personalizados destinados a mercados nacional e internacional.
A executiva explica que a estrutura disponível na China permite que marcas sejam lançadas ou ampliadas mesmo com volumes reduzidos de produção.
Segundo ela, o modelo atende especialmente pequenos negócios, com serviços que abrangem desde o design e engenharia de produto até testes de qualidade, embalagem e envio.
A proximidade com os fabricantes, aliada ao domínio do idioma e conhecimento das normas locais, reduz riscos operacionais e facilita o acesso a padrões técnicos exigidos no comércio global.
Desafios para mulheres empreendedoras brasileiras
Dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) indicam que o Brasil ocupa a sétima posição mundial em número de mulheres empreendedoras, com cerca de 30 milhões à frente de negócios formais e informais.
No entanto, dificuldades como o alto custo de produção e barreiras logísticas continuam a limitar o crescimento de muitas dessas iniciativas.
Expansão de soluções logísticas voltadas ao público feminino
De acordo com a BR Goods, a demanda por produção sob medida tem crescido entre empresárias brasileiras que buscam alternativas viáveis para lançar produtos com padrão internacional.
A empresa informou que registrou aumento de 137% no volume de negócios em 2023 e expansão de 146% em janeiro de 2024. Há projeção de atendimento a mais de 30 países até 2025.
Potencial transformador do empreendedorismo feminino
Especialistas apontam que o empreendedorismo feminino representa uma força econômica relevante e, em muitos casos, um vetor de transformação social. O fortalecimento de cadeias de produção acessíveis e adaptadas a esse público é considerado essencial para a ampliação da presença de mulheres no comércio global.