Liderança feminina na educação: a presença que transforma escolas e comunidades

Com olhar estratégico e humano, mulheres estão redefinindo o que significa dirigir uma escola no Brasil.

Liderança feminina na educação: a presença que transforma escolas e comunidades Lideranca feminina educacao 1 1

Foto: Reprodução/ Freepik

Historicamente, a imagem associada à educação é a de uma mulher em sala de aula. Os dados confirmam: segundo o Censo Escolar 2024, 79% dos professores da educação básica no Brasil são mulheres.

No entanto, essa presença não se reflete na gestão: nas redes privadas de médio e grande porte, menos da metade dos cargos de direção é ocupada por mulheres.

Esse contraste evidencia um setor dominado por mulheres no ensino, mas ainda sub-representado na liderança estratégica.

Aos poucos, um novo perfil de liderança feminina começa a ganhar destaque, como o de Kassula Corrêa, educadora e empresária carioca, à frente do Colégio St. Georges e responsável pela chegada da Start Anglo Bilingual School ao Rio de Janeiro.

Sensibilidade e assertividade na liderança

Para Kassula, a presença feminina na gestão escolar vai além da administração pedagógica. “As mulheres conseguem unir sensibilidade, visão estratégica e disciplina de execução para transformar um projeto em referência. A liderança feminina não é só acolhedora, ela é assertiva, inovadora e comprometida com resultados consistentes”, afirma.

A educadora destaca que, em sua gestão, as mulheres têm espaço para atuar plenamente, contribuindo para moldar futuros e impactar comunidades inteiras.

Multiplicar olhares, somar resultados

Filha do educador Telmo Almeida, Kassula cresceu imersa no ambiente escolar, participando de reuniões pedagógicas e projetos. Hoje, administra equipes, negocia com fornecedores, desenha estratégias de expansão e mantém presença ativa com alunos e famílias.

“A gente não apenas divide o tempo, a gente se multiplica. Olhamos para o pedagógico, o financeiro, a formação da equipe e o bem-estar do aluno, tudo ao mesmo tempo. Essa visão ampla é uma das nossas maiores forças”, comenta.

Equilíbrio entre excelência acadêmica e competências do século XXI

Para Kassula, o maior desafio na direção de uma escola é equilibrar excelência acadêmica com competências socioemocionais e tecnológicas. “Caráter vem antes da competência. Uma escola que prepara para a vida precisa ensinar conteúdo, mas também empatia, escuta, autonomia e coragem”, defende.

O projeto da Start Anglo Bilingual School, com turmas previstas para fevereiro de 2026, inclui currículo bilíngue integral, disciplinas como Ciências e Educação Física em inglês, cultura maker, uso ético da inteligência artificial e alimentação saudável.

Sensibilidade como diferencial estratégico

Em um contexto competitivo, Kassula reforça que a sensibilidade feminina é um ativo, permitindo decisões mais assertivas e conectadas às necessidades dos alunos e da comunidade escolar.

Dicas de liderança para mulheres na educação

A liderança feminina na educação transcende o pedagógico, fortalecendo comunidades e redefinindo modelos de ensino. “Estamos formando a próxima geração de cidadãos e líderes. E isso exige coragem para inovar sem perder de vista o que mais importa: gente cuidando de gente”, conclui Kassula Corrêa.

Liderança feminina na educação: a presença que transforma escolas e comunidades Apoie o jornalismo independente. 1 14
Sair da versão mobile