Nesta segunda-feira (7), o presidente Donald Trump, deixou claro que não considera suspender as tarifas impostas recentemente a mais de 180 países, com destaque para a China, alvo principal de sua nova ofensiva comercial. Pelo contrário: ainda ameaçou novas tarifas de 50% sobre os produtos chineses, caso o país não volte atrás em sua retaliação.
A escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta tem gerado incertezas, derrubado bolsas e provocado reações contundentes do governo chinês.
Ameaças de Trump
Trump declarou que, se a China não retirar as tarifas retaliatórias de 34% até a próxima terça (8), pretende impor tarifas adicionais de 50%, a partir do dia seguinte. Essa medida elevaria o valor total das tarifas norte-americanas sobre produtos chineses em 84% em apenas uma semana.
A ação foi anunciada após a China responder à taxação americana com medidas de igual proporção, ampliando as tensões. Além das tarifas, Pequim aplicou restrições à exportação de terras raras, suspendeu importações agrícolas e incluiu empresas dos EUA em listas de controle.
Ontem, a China emitiu Tarifas Retaliatórias de 34%, além de suas Tarifas já recordes, Tarifas Não Monetárias, Subsídios Ilegais de empresas e Manipulação Cambial massiva de longo prazo, apesar do meu aviso de que qualquer país que retalie os EUA emitindo Tarifas adicionais, acima e além do abuso Tarifário de longo prazo já existente de nossa Nação, será imediatamente confrontado com Tarifas novas e substancialmente mais altas, acima daquelas inicialmente definidas. Portanto, se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais à China de 50%, com efeito em 9 de abril. Além disso, todas as negociações com a China sobre as reuniões solicitadas conosco serão encerradas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente. Obrigado por sua atenção a este assunto!
Implicações econômicas e geopolíticas
Cresce a instabilidade no comércio internacional
As decisões de Trump colocam em risco o já delicado equilíbrio do comércio global. Economistas e analistas apontam que a continuidade dessa política pode:
- Aumentar os preços de produtos importados nos EUA
- Reduzir a competitividade de empresas americanas
- Gerar perdas de empregos em setores dependentes de insumos estrangeiros
- Provocar novas retaliações internacionais
Além disso, a recusa em dialogar com a China e a suspensão das negociações bilaterais agravam ainda mais o clima de incerteza para investidores e empresários ao redor do mundo.
Reação da China
A resposta chinesa segue uma lógica de “olho por olho”, reafirmando que o país não aceitará medidas unilaterais. Segundo o Diário do Povo, jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês, a China está preparada para suportar a pressão externa e reduzir gradualmente sua dependência do mercado americano.
Medidas chinesas de retaliação | Objetivo |
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Tarifas de 34% sobre produtos dos EUA | Resposta proporcional às tarifas de Trump |
Restrição à exportação de terras raras | Atingir setores estratégicos norte-americanos |
Inclusão de empresas dos EUA em listas de controle | Aumentar o custo de operação para concorrentes |
Suspensão de importações agrícolas | Pressionar eleitores rurais nos EUA |
Um impasse com consequências globais
Com a escalada da retórica e das medidas punitivas, o governo Trump reafirma seu compromisso com uma política protecionista e agressiva, ainda que isso represente custos elevados para o próprio país. Ao negar uma pausa nas tarifas e ameaçar ações ainda mais duras, o presidente reforça sua visão de que confrontos econômicos são ferramentas legítimas de negociação.
No entanto, essa postura coloca em xeque a estabilidade do comércio global, afastando qualquer perspectiva de entendimento próximo entre EUA e China. O mundo observa com apreensão os próximos passos dessa guerra tarifária, que promete continuar no centro das atenções internacionais.
Fonte: The Guardian