O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira (22) uma redução nas suas previsões de crescimento para as economias emergentes, incluindo países como México e China, para o ano de 2025. A entidade ressaltou que o endurecimento das condições de financiamento e a escassez de capital para investimentos podem impactar negativamente os países em desenvolvimento.
O relatório também apontou que as tarifas impostas pelo governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além da incerteza política, devem prejudicar a recuperação econômica global, que ainda se recupera de eventos significativos como a pandemia de Covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em seu último boletim, o FMI cortou suas previsões de crescimento global em 0,5 ponto percentual, passando a estimar um avanço de 2,8% para 2025, e ajustou para 3% a projeção para 2026, no comparativo com evidências apresentadas em janeiro.
Previsões de Crescimento para Mercados Emergentes
As perspectivas econômicas foram revistas para 3,7% em 2025 e 3,9% em 2026 para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento, representando uma redução de aproximadamente meio ponto percentual em comparação às estimativas anteriores. Essa avaliação reflete uma desaceleração severa em relação ao crescimento projetado de 4,3% para 2024.
Segundo o relatório, os riscos para o crescimento econômico global permanecem predominantemente negativos. O FMI destacou que o México viu sua previsão de crescimento diminuir em 1,7 ponto percentual, agora projetando uma contração de 0,3% neste ano, devido à sua estreita ligação econômica com os Estados Unidos.
Impactos nas Principais Economias
- A previsão de crescimento da China foi ajustada para baixo em 0,6 ponto percentual para 2025, refletindo o impacto de imposições comerciais por parte dos EUA.
- Para a Rússia, a previsão de crescimento foi elevada modestamente em 0,1 ponto percentual, alcançando 1,5%; no entanto, isso representa uma queda acentuada em relação ao crescimento de 4,1%% registrado no ano passado.
De acordo com o FMI, o espaço fiscal das economias emergentes está atualmente mais restrito do que há uma década. Além disso, o aumento nos gastos com o serviço da dívida, que superam as receitas fiscais, representa uma preocupação crescente.
O relatório conclui que a resiliência demonstrada por várias grandes economias emergentes poderá ser testada diante da crescente dificuldade com o serviço da dívida, especialmente em um cenário financeiro global adverso. Apesar dos custos do serviço da dívida ainda estarem abaixo dos níveis da pandemia para aqueles que obtiveram empréstimos em condições favoráveis, o aumento dos custos de financiamento pode pressionar as taxas a níveis mais elevados.