Casa Branca considera cortar tarifas da China nas negociações

Casa Branca considera cortar tarifas da China nas negociações Casa Branca considera cortar tarifas da China nas negociacoes

Navio cargueiro no terminal de contêineres do porto de Kwai Tsing, em Hong Kong, em 16/04/2025. REUTERS/Tyrone Siu

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está avaliando a possibilidade de reduzir tarifas sobre produtos chineses importados, de acordo com fontes próximas ao assunto. Essa análise ocorre enquanto o governo aguarda novas negociações com Pequim, sem que qualquer decisão seja adotada unilateralmente.

As informações surgiram após reportagem do Wall Street Journal, que mencionou que a Casa Branca considera um corte nas tarifas de importação da China, atualmente fixadas em 145%, para um patamar entre 50% e 65%. Um funcionário da Casa Branca confirmou as informações, ressaltando que essas tarifas ainda seriam suficientemente altas para impactar significativamente o comércio entre as duas maiores economias do mundo.

Comentário de Donald Trump e Reações da Casa Branca

Em coletiva com jornalistas, Trump afirmou: “Faremos um acordo justo com a China”, embora não tenha dado detalhes sobre a reportagem mencionada. O porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, classificou quaisquer especulações sobre tarifas como “pura especulação”, a menos que venham diretamente de Trump.

Impactos das Tarifas no Comércio

O impacto das tarifas é visível: a transportadora alemã Hapag-Lloyd anunciou que 30% de seus embarques com destino aos Estados Unidos a partir da China foram cancelados. Em resposta, a China instituiu tarifas de 125% sobre importações dos EUA e outras medidas retaliatórias.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou que ambos os países consideram as tarifas atuais insustentáveis, mas não especificou a agenda para o início das negociações. Além disso, fontes indicam que conversas entre os dois países sobre o combate à epidemia de fentanil ainda estão sem resultados.

Alternativas em Discussão

Segundo o Wall Street Journal, as discussões sobre as tarifas permanecem em aberto, com diversas opções em análise. Uma das propostas envolve uma abordagem escalonada, similar à sugerida pelo comitê da Câmara dos Deputados dos EUA no final do ano passado. Esta proposta sugere tarifas de 35% para produtos que não estão relacionados à segurança nacional, e pelo menos 100% para aqueles considerados estratégicos.

Além das tarifas sobre a China, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre todas as importações, além de impostos mais altos sobre aço, alumínio e automóveis. As tarifas também variam para produtos específicos, impactando setores como farmacêuticos e semicondutores, o que tem gerado preocupações sobre o impacto nos mercados financeiros e um aumento no temor de recessão.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que as tarifas podem desacelerar o crescimento econômico e elevar a dívida global.

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