Análise do Mercado Financeiro Brasileiro 

Governo brasileiro é cobrado por resposta técnica a medidas protecionistas norte-americanas

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Foto: Reprodução/ Freepik

Os Estados Unidos vêm intensificando sua agenda de acordos comerciais, incluindo parcerias com o Japão e países europeus. Nesse cenário, o Brasil tem chamado atenção de forma negativa por manter tarifas de importação entre as mais altas do mundo.

Especialistas indicam que o país pode enfrentar uma tarifa de até 50% por parte dos EUA — medida que, embora ainda não oficializada, já é amplamente esperada pelo mercado.

Reação do governo brasileiro pode definir rumos

A condução do governo federal diante dessa possibilidade será decisiva. Analistas apontam que uma resposta técnica e moderada poderia evitar uma deterioração maior do cenário.

Por outro lado, uma postura excessivamente retórica ou sem medidas concretas pode agravar a percepção externa e provocar reações negativas nos mercados.

Ainda não há definição clara sobre quais ações serão adotadas pelo governo. As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o momento, têm sido interpretadas como retóricas, sem medidas objetivas. Observadores do mercado destacam que a data-limite para o anúncio oficial das tarifas merece atenção redobrada.

Criptomoedas seguem em alta

O mercado de criptomoedas permanece em evidência. O Bitcoin estabilizou-se na faixa entre US$ 118 mil e US$ 120 mil, mas o Ethereum tem mostrado desempenho superior. Em alguns momentos, a moeda apresentou perdas menores que o Bitcoin, comportamento considerado atípico.

Além disso, observou-se um forte fluxo de capital direcionado para ETFs baseados em Ethereum, com volumes superiores aos dos ETFs de Bitcoin. Empresas também estão ampliando a alocação de Ethereum em suas reservas financeiras.

China e Argentina impulsionam posições externas

No cenário internacional, investimentos em setores como infraestrutura e inteligência artificial na China têm gerado retornos positivos.

O comércio com a Argentina, que vinha em recuperação, teve uma semana de desempenho expressivo, contribuindo para a valorização de fundos brasileiros com exposição ao país vizinho.

Essa movimentação levou alguns fundos a atingir novas máximas históricas, mesmo com o desempenho mais tímido da bolsa brasileira.

Otimismo cauteloso para o segundo semestre

Apesar das incertezas, a expectativa para a segunda metade do ano é de otimismo cauteloso. A depender da movimentação nos mercados nos próximos dias, analistas avaliam que pode surgir uma nova janela de alocação de ativos.

No entanto, o cenário ainda depende das ações definitivas dos Estados Unidos e da postura do governo brasileiro.

O ambiente econômico global permanece volátil e repleto de variáveis, exigindo atenção contínua dos agentes do mercado e das autoridades econômicas.

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