Confiança do Comércio Sobe no Fim do Primeiro Semestre, Mas Sinais de Alerta Persistem

O índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE cresceu 0,6 ponto em junho para 89,3 pontos. Em médias móveis trimestrais, houve crescimento de 2,1 pontos, terceira alta consecutiva, para 88,5 pontos.

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Foto: Reprodução/ Freepik

A confiança do setor comercial encerrou o primeiro semestre de 2025 em alta, recuperando parte das perdas acumuladas nos primeiros meses do ano.

No entanto, apesar do resultado positivo em junho, os dados mostram sinais de desaceleração, tanto em relação ao tempo quanto entre os segmentos analisados.

Recuperação Limitada e Perspectivas Incertas

Segundo análise da Fundação Getulio Vargas (FGV), o crescimento da confiança no mês foi concentrado em apenas dois dos seis principais segmentos do setor, impulsionado sobretudo por uma melhora nas expectativas futuras.

Em contraste, os indicadores que medem a percepção atual dos empresários registraram queda, sugerindo um enfraquecimento da demanda.

“O resultado favorável de junho já mostra sinais de desaceleração e chama atenção pela sua concentração. A queda nos indicadores sobre a percepção do momento atual sugere um ritmo mais fraco da demanda no mês e deixa um alerta sobre a continuidade do ano”, avalia Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE).

Indicadores Atuais em Queda

O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 2,8 pontos, chegando a 90,6 pontos. Dentro desse índice, o item que avalia a situação atual dos negócios registrou queda de 3,4 pontos, atingindo 92,0 pontos. Já o indicador que mede o volume de demanda atual recuou 2,2 pontos, ficando em 89,4 pontos.

Expectativas Impulsionam Resultado Geral

Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 4,0 pontos, alcançando 88,5 pontos. Os dois componentes desse índice também apresentaram alta: o indicador que mede as perspectivas de vendas para os próximos três meses subiu 6,0 pontos (88,8 pontos), e o que avalia a tendência dos negócios nos próximos seis meses cresceu 1,8 ponto, chegando a 88,5 pontos.

Fatores de Influência no Setor

O comportamento da confiança nos próximos meses permanece incerto. De um lado, fatores como a inflação persistente e a manutenção de juros elevados tendem a desacelerar o desempenho do setor.

Por outro lado, o aquecimento do mercado de trabalho pode funcionar como um impulso para a demanda.

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