Jovens enfrentam desafios no mercado de trabalho e buscam estratégias para inserção profissional

Segundo dados do IBGE, no último trimestre de 2024, 38,5% dos jovens de 18 a 29 anos estavam empregados

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Foto: Reprodução/ Freepik

A taxa de desemprego entre jovens no Brasil continua sendo uma das principais preocupações do mercado de trabalho.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último trimestre de 2024, apenas 38,5% dos brasileiros entre 18 e 29 anos estavam empregados. Entre adultos de 30 a 59 anos, o índice foi ainda menor: 35,9%.

Especialistas apontam que a dificuldade de inserção dos jovens no mercado formal está ligada a fatores como a falta de experiência, baixa qualificação e a crescente precarização das relações de trabalho.

Nesse cenário, o fortalecimento da formação técnica e comportamental tem sido apontado como uma das principais estratégias para melhorar as chances de empregabilidade dessa parcela da população.

Qualificação e experiência: os primeiros passos

A busca por qualificação profissional é vista como elemento essencial para a conquista de uma vaga no mercado. Especialistas ressaltam a importância de ir além dos cursos tradicionais, investindo em capacitações voltadas às demandas atuais, como especializações, cursos técnicos e formação continuada.

A experiência profissional, embora difícil de obter sem uma oportunidade inicial, pode ser adquirida por meio de estágios, trabalho voluntário ou projetos independentes. Essas atividades, mesmo que não estejam diretamente ligadas à área de interesse, contribuem para a construção de um currículo mais competitivo e demonstram iniciativa.

Habilidades digitais e interpessoais são diferenciais

A transformação digital também impacta diretamente os critérios de seleção profissional. Dominar ferramentas digitais, compreender plataformas online e conhecer noções básicas de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, são habilidades cada vez mais exigidas por empresas de diferentes setores.

Além das competências técnicas, habilidades interpessoais — também chamadas de soft skills — vêm ganhando destaque. Comunicação eficaz, capacidade de trabalho em equipe, inteligência emocional e resolução de conflitos são frequentemente mencionadas como atributos valorizados pelos empregadores.

Networking e atualização constante

Participar de eventos, conferências e cursos, assim como manter-se atualizado por meio de conteúdos especializados e redes sociais profissionais, também são práticas recomendadas. O fortalecimento da rede de contatos (networking) pode facilitar o acesso a oportunidades de emprego e a orientação de carreira.

Especialistas destacam que o networking vai além da busca por vagas: trata-se de construir uma base de apoio e troca de informações úteis para o crescimento profissional ao longo do tempo.

Perspectivas

Embora o cenário atual seja desafiador, iniciativas focadas em qualificação, desenvolvimento de habilidades e ampliação de redes de contato podem contribuir significativamente para melhorar as perspectivas de jovens no mercado de trabalho.

Em um ambiente de alta competitividade, a adaptação às exigências do novo perfil profissional torna-se fundamental para garantir maior estabilidade e inserção no mercado formal.

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