A gestora Rio Bravo Investimentos anunciou o encerramento da oferta pública da 1ª série de cotas seniores do FIDC Rio Bravo Agro Recebíveis, voltado ao financiamento de pequenas e médias empresas do setor agropecuário em São Paulo.
A operação movimentou quase R$ 50 milhões e marca a estreia da empresa no segmento de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) voltados ao agronegócio.
Fundo busca apoiar cadeia do agronegócio
A criação do fundo é resultado de uma concorrência vencida junto à Desenvolve SP, agência de fomento vinculada ao Governo do Estado de São Paulo.
O objetivo do fundo é apoiar a expansão de crédito estruturado para empresas da cadeia produtiva do agronegócio, especialmente diante de desafios logísticos como armazenagem, transporte e escoamento da produção.
Oferta foi destinada a investidores profissionais
Segundo a Rio Bravo, a oferta foi destinada exclusivamente a investidores profissionais e contou com a distribuição de 49.855 cotas seniores, com valor unitário de R$ 1.002,89 (incluindo custos de distribuição).
A subscrição foi integral e as cotas serão integralizadas por meio de chamadas de capital, conforme os investimentos previstos no portfólio forem sendo concretizados.
Operação seguiu normas da CVM
O processo de registro da operação foi conduzido sob regime automático da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme a Resolução CVM 160.
A operação foi coordenada pela própria Rio Bravo Investimentos DTVM Ltda., tendo como administrador fiduciário o Banco Daycoval S.A., e gestão da própria Rio Bravo. A classificação de risco atribuída às cotas seniores foi “brA(sf)”, segundo avaliação da agência Austin Rating.
Perspectivas para o mercado de FIDCs
De acordo com Evandro Buccini, diretor de Crédito da Rio Bravo, a parceria entre capital privado e iniciativas públicas representa um avanço no desenvolvimento de soluções de crédito mais acessíveis e adaptadas às necessidades da economia regional.
“O setor de FIDCs tem crescido de forma consistente no Brasil. Atualmente, há mais de R$ 550 bilhões em ativos sob gestão, e a expectativa é que o montante atinja R$ 2,1 trilhões até 2029, impulsionado pela busca por alternativas fora do sistema bancário tradicional.”