Enquanto o mercado de ações vive dias de montanha-russa, os riscos de recessão aumentam e as taxas de juros seguem elevadas, os ultra-ricos dos Estados Unidos estão apostando em um ativo que consideram mais seguro e menos volátil: imóveis de luxo.
De acordo com o Wall Street Journal, o número de propriedades vendidas acima de US$ 10 milhões disparou desde fevereiro. Em Palm Beach (Flórida), as vendas cresceram 50% em comparação com o mesmo período do ano passado. Aspen (Colorado) registrou alta de 44%, Los Angeles de 29%, e Manhattan de 21%.
“O risco de perder dinheiro na bolsa é alto demais pelo retorno, especialmente diante da inflação. O setor imobiliário é mais seguro e menos volátil”, disse o empresário Dan Herbatschek, que comprou um apartamento de US$ 12,25 milhões em Nova York e outros três imóveis de investimento entre US$ 2 milhões e US$ 5,5 milhões.
Bilionários como David MacNeil também estão expandindo suas apostas. Só em Manalapan, na Flórida, ele gastou US$ 94 milhões em imóveis de luxo no último ano.
Por que imóveis de luxo atraem em tempos de crise?
- Proteção contra inflação: quando os preços de materiais e mão de obra sobem, imóveis tendem a se valorizar.
- Renda estável: aluguéis podem ser ajustados à inflação, garantindo fluxo de caixa previsível.
- Reserva de valor: bens de alto padrão em localizações premium mantêm liquidez mesmo em períodos turbulentos.
Como brasileiros podem investir em imóveis nos EUA
Entrar nesse mercado não é exclusividade dos bilionários. Hoje, há várias portas de entrada:
- Fundos e plataformas especializadas: empresas como Homeshares permitem a investidores qualificados aplicar a partir de US$ 25 mil em fundos de imóveis residenciais ocupados, com retornos-alvo entre 14% e 17% ao ano.
- Crowdfunding imobiliário: plataformas como Arrived, apoiada por Jeff Bezos, oferecem participação em casas e imóveis de aluguel nos EUA com aportes a partir de US$ 100.
- Compra direta: brasileiros com maior capital podem investir em imóveis para renda (aluguel) ou valorização em mercados aquecidos como Miami, Nova York e Los Angeles.
Estratégia de Warren Buffett
Mesmo diante do rali imobiliário, o megainvestidor Warren Buffett lembra que ações não devem ser descartadas. Sua recomendação histórica continua: investir no S&P 500, fundo que replica as 500 maiores empresas americanas, garantindo diversificação a longo prazo.
Oportunidade para brasileiros
Para investidores brasileiros de alta renda, a onda imobiliária americana mostra um movimento estratégico de diversificação de portfólio. O setor imobiliário nos EUA pode funcionar como proteção cambial, reserva de valor em dólar e hedge contra crises locais. Já para quem tem menor capital, plataformas digitais de investimento coletivo democratizam o acesso a ativos antes restritos a grandes players.
Em resumo: os ultra-ricos estão usando imóveis de luxo para atravessar a tempestade econômica global. Para investidores brasileiros, há espaço para participar dessa onda — seja com milhões de dólares em ativos premium ou com pequenos aportes em plataformas digitais.
Nota da Editora: Este artigo tem caráter exclusivamente informativo e não deve ser interpretado como recomendação de investimento. As informações são fornecidas sem qualquer garantia. Para decisões financeiras, consulte sempre especialistas qualificados.