NASA alerta que asteroide pode cair na Terra em 2032

Ilustração de asteroide se aproximando da Terra.

Cientistas monitoram o asteroide 2024 YR4, cujo risco de impacto em 2032 atingiu 3,1%, o maior já registrado.

Segundo informações do The New York Times, o asteroide 2024 YR4 está sob intenso monitoramento dos astrônomos da NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos). Novos cálculos aumentaram a sua probabilidade de colisão com a Terra em dezembro de 2032 para 3,1%.

Esse número faz dele o asteroide com maior risco de impacto já registrado, superando até mesmo o Apophis, que em 2004 chegou a 2,7% antes de ter suas chances reduzidas a zero.

Embora seja provavelmente menor que o Apophis, o 2024 YR4 ainda poderia causar danos consideráveis, dependendo de sua trajetória final. Cientistas alertam que a massa e a composição do asteroide são fatores cruciais para estimar seu potencial destrutivo.

O que determina o impacto de um asteroide?

A gravidade da colisão de um asteroide não depende apenas de seu tamanho. Sua massa, densidade e velocidade são elementos fundamentais para prever os danos.

Como asteroides geralmente viajam a cerca de 60 mil km/h, a energia cinética liberada pode ser imensa, o que intensifica a sua capacidade destrutiva.

Especialistas apontam que pequenos aumentos no diâmetro de um asteroide também podem multiplicar seu poder destrutivo. Se um asteroide dobrar de tamanho, por exemplo, sua energia cinética pode ser até oito vezes maior.

Além disso, a composição também influencia: um asteroide metálico pode penetrar mais profundamente na atmosfera e causar um impacto mais severo do que um rochoso, que tende a se fragmentar antes de atingir o solo.

Possíveis cenários para o 2024 YR4

Imagem do céu noturno feita pela NASA, no âmbito de observação de um asteroide,
Rastreamento da movimentação do 2024 YR4 feita pelo sistema de alerta de impacto de asteroides da Universidade do Hawaii – Imagem: ATLAS/University of Hawaii/NASA via AP/reprodução

A trajetória de impacto do asteroide com a Terra, calculada hipoteticamente, inclui áreas oceânicas e regiões próximas a cidades populosas, como Bogotá, Lagos e Mumbai.

Se ele explodir ao adentrar a atmosfera da Terra, o fenômeno pode se assemelhar ao evento de Tunguska, em 1908, que devastou uma grande área na Sibéria.

Caso o impacto ocorra sobre um oceano, as chances de um tsunami significativo são pequenas, segundo especialistas. No entanto, se a colisão acontecer próximo à costa, poderia gerar ondas que afetariam áreas habitadas.

Em solo firme, um asteroide desse porte poderia abrir uma cratera de centenas de metros de diâmetro e causar uma onda de choque devastadora.

Vale salientar ainda que o tamanho de 2024 YR4 ainda não foi precisado. Porém, estima-se que ele tenha entre 40 e 90 metros de diâmetro, com uma altura simples aproximada da Estátua da Liberdade de Nova York, nos EUA.

O que esperar agora?

Apesar do alto índice de risco, os cientistas afirmam que ainda há incertezas sobre a trajetória final do 2024 YR4. Ou seja, ninguém precisa temer a chegada de 2032.

Com novas observações, os cálculos poderão ser refinados, reduzindo ou confirmando a ameaça. Por enquanto, o asteroide segue no radar da defesa planetária, que busca alternativas para mitigar potenciais impactos no futuro.

* Com informações do The New York Times e da Folha de S. Paulo

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