Nova mobilidade urbana avança com veículos elétricos, automação e compartilhamento

Estudo global aponta mudança de comportamento dos consumidores e consolidação do modelo CASE como base para o futuro dos transportes

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Foto: Reprodução/ Freepik

A Mobilidade urbana vive um momento de transformação acelerada. O modelo tradicional, centrado na posse de veículos movidos a combustíveis fósseis, cede espaço a um sistema mais dinâmico, sustentável e conectado.

Nesse novo cenário, ganham força os veículos elétricos, o transporte sob demanda, a micromobilidade, o compartilhamento de veículos e o avanço dos sistemas autônomos.

De acordo com o estudo States of Mind on New Mobility, realizado pela Allianz Partners com 25 mil pessoas em 10 grandes mercados globais, três em cada cinco motoristas (60%) pretendem adquirir um veículo elétrico ou híbrido em sua próxima compra. Entre jovens de 26 a 40 anos com filhos, esse índice sobe para 75%.

A pesquisa destaca a crescente influência do modelo CASE — sigla para Conectividade, Automação, Compartilhamento e Eletrificação — na reformulação dos hábitos de mobilidade e na redefinição dos negócios do setor automotivo.

Conectividade e digitalização no centro da mobilidade

Um dos principais vetores da nova mobilidade é a conectividade. Os veículos atuais estão cada vez mais equipados com sensores, conectividade à internet e sistemas inteligentes, permitindo comunicação entre veículos (V2V), com a infraestrutura urbana (V2I) e com os próprios usuários.

Essa integração tecnológica oferece benefícios como aumento da segurança viária, manutenção preditiva, redução de custos operacionais e personalização da experiência do condutor. Também viabiliza novos modelos de gestão de frotas e plataformas de mobilidade sob demanda.

Automação avança, mas ainda enfrenta desafios

O desenvolvimento de veículos autônomos é outra tendência significativa. Empresas de tecnologia e montadoras têm investido fortemente na automação de direção, com testes já realizados em ambientes urbanos e logísticos.

Apesar dos avanços, o uso em larga escala ainda depende de soluções regulatórias e de aperfeiçoamentos técnicos. A expectativa é que os veículos autônomos contribuam para a redução de acidentes, o alívio do tráfego e a ampliação da mobilidade para pessoas com restrições de locomoção.

Compartilhamento substitui modelo de posse

O conceito de posse do automóvel vem sendo substituído por modelos de uso sob demanda. Soluções como aplicativos de transporte, caronas compartilhadas, carros por assinatura, micromobilidade (bicicletas e patinetes elétricos) e plataformas peer-to-peer tornam-se cada vez mais populares, especialmente entre as gerações mais jovens.

Além de responder às demandas por flexibilidade e praticidade, essas alternativas também ajudam a reduzir a quantidade de veículos nas vias urbanas, com impactos positivos sobre as emissões de gases poluentes e a fluidez do trânsito.

Eletrificação amplia alcance e diversificação

A transição para veículos elétricos é um dos aspectos mais visíveis da nova mobilidade. Impulsionada por políticas públicas, incentivos econômicos, avanços em tecnologia de baterias e maior conscientização ambiental, a eletrificação atinge não apenas automóveis particulares, mas também ônibus, caminhões, scooters e bicicletas.

Infraestruturas de recarga vêm sendo expandidas, e diversas montadoras já anunciaram planos de transição para frotas 100% elétricas nos próximos anos.

Um novo paradigma de transporte urbano

A convergência entre conectividade, automação, compartilhamento e eletrificação está consolidando uma nova lógica de mobilidade urbana: mais eficiente, sustentável e integrada ao ecossistema digital. A chamada nova mobilidade já está em curso e representa uma mudança estrutural no modo como as pessoas se deslocam e se relacionam com o espaço urbano.

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