A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e diplomatas de vários países sobrevoaram áreas da Amazônia nesta quarta-feira (4).
O sobrevoo faz parte da programação da missão, liderada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, por meio do Conselho Nacional da Amazônia Legal, para mostrar ações do governo federal para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Ocidental.
Os diplomatas irão visitar as cidades de Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Maturacá, todas no estado do Amazonas, até o dia 6 de novembro.
O objetivo é mostrar a atuação de ministérios e demais órgãos federais nas áreas urbanas e remotas da região.
“A iniciativa tem por objetivo mostrar à comunidade nacional e internacional que a Amazônia brasileira continua preservada e que sua complexidade ambiental e humana não permite um entendimento genérico da região. Conhecer é a base para entender e sugerir ações para contribuir com o desenvolvimento sustentável da região, preservando, protegendo e desenvolvendo nossa imensa floresta tropical”, destaca a vice-presidência.
A ministra ressaltou que a missão será uma oportunidade para os diplomatas conhecerem iniciativas bem-sucedidas na região. “Temos problemas, mas também temos muitas coisas boas em termos de sustentabilidade para mostrar para o mundo”, disse, em Manaus. Tereza Cristina reforça a diversidade do bioma, que reúne 22 tipos de vegetação, e que tem 80% de sua área preservada.
“Agora, temos que restabelecer a verdade. A verdade é que nós temos um território enorme, que a Amazônia está preservada”.
Uma dessas iniciativas é o Projeto Integrado de Colonização (PIC) Bela Vista, coordenado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e que será apresentado pela ministra nesta quinta-feira (5).
Localizado em Manaus, o projeto abriga famílias assentadas em uma área de aproximadamente 785 mil hectares, ocupada desde 1971. Atualmente, dos 1.311 lotes georreferenciados, 446 já receberam o título definitivo, sendo 97% constituídos por pequenas propriedades (inferiores a 400 hectares).
Apesar do grande potencial econômico da região, a ministra enfatiza que muitas famílias vivem com baixa renda.
Conforme ela, a melhora de renda passa pelo processo de regularização fundiária. “Temos pessoas que estão aqui há mais de 20 anos, que foram trazidas para cá, muitas vezes, por governos anteriores.
Essas pessoas têm o direito a ter qualidade de vida e não viver em um lugar riquíssimo que tem um dos piores IDHs [Índice de Desenvolvimento Humano] do Brasil”.
Está prevista a participação dos seguintes chefes de missões diplomáticas: África do Sul, Espanha, Peru, Colômbia, Canadá, Suécia, Alemanha, Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), União Europeia, Reino Unido, França e Portugal.
A comitiva é também integrada pelos ministros do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, da Saúde, do Gabinete de Segurança Institucional, do chefe de Estado do Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa e o senador Nelsinho Trad.