O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupa a terceira posição no ranking de aprovação dos líderes da América do Sul, conforme divulgado nesta quarta-feira, 23 de outubro, pela CB Consultoria, uma agência argentina. A pesquisa, que abrange dez países da região, coloca o presidente uruguaio Yamandú Orsi como o mais bem avaliado, com uma aprovação de 51,3%.
Na sequência, Daniel Noboa, do Equador, apresenta 51%, seguido por Lula, que registra 49,7%. A avaliação considera as classificações "muito boa" e "boa". Para Lula, 32,4% dos entrevistados consideraram seu governo "muito bom", enquanto 17,3% o avaliaram como "bom". As avaliações negativas totalizam 47,7%, dividindo-se em 24,8% de "muito ruim" e 22,9% de "ruim".
O ranking ainda inclui outros líderes, como Javier Milei da Argentina, com 46,3% de aprovação, Santiago Peña do Paraguai, com 45%, e Gabriel Boric do Chile, com 44,8%. Na parte inferior da lista, destacam-se os presidentes Luis Arce da Bolívia e Dina Boluarte do Peru, com os piores índices, 24,1% e 24,9%, respectivamente.
A CB Consultoria atualiza esse ranking mensalmente, visando captar a percepção pública sobre os principais líderes políticos sul-americanos. A pesquisa realizada no Brasil entre 11 e 16 de abril ouviu 1.490 pessoas, com uma margem de erro que varia entre 2 e 3 pontos percentuais, dependendo do país.
Ranking de aprovação dos presidentes sul-americanos:
- Yamandú Orsi (Uruguai) – 51,3%
- Daniel Noboa (Equador) – 51,0%
- Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) – 49,7%
- Javier Milei (Argentina) – 46,3%
- Santiago Peña (Paraguai) – 45,0%
- Gabriel Boric (Chile) – 44,8%
- Gustavo Petro (Colômbia) – 36,2%
- Nicolás Maduro (Venezuela) – 28,5%
- Dina Boluarte (Peru) – 24,9%
- Luis Arce (Bolívia) – 24,1%
A posição de Lula no ranking reflete uma resiliência na sua imagem internacional, em um contexto marcado por pressões econômicas internas e críticas em relação à política de juros e à comunicação institucional. Recentemente, pesquisas indicam uma estabilização na popularidade do presidente, que ainda enfrenta desafios significativos, principalmente entre os eleitores do Nordeste e aqueles de baixa renda, setores historicamente ligados ao seu governo.
A boa colocação de Lula no contexto sul-americano pode proporcionar um impulso político e ser utilizada em agendas internacionais e fóruns multilaterais. Em um ano pré-eleitoral, essa percepção de prestígio externo pode funcionar como um trunfo para fortalecer a narrativa do governo e sua relevância na região.