Mais de 16 milhões de pessoas trocam cheque especial rotativo pelo parcelado e reduzem os juros pagos em até 76%

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Imagem de João Geraldo Borges Júnior por Pixabay

Entre julho de 2018 e setembro deste ano, 16,21 milhões de pessoas trocaram o cheque especial rotativo pelo parcelado, com juros muito menores. Só no mês passado, 1,33 milhão de clientes optaram pela mudança. Quem optou pela linha de crédito alternativa obteve uma redução de mais de 76% na taxa de juros pagos pelo crédito: a taxa média do rotativo em setembro foi de 12,31% a.m., enquanto a do parcelado foi de 2,88% a.m.

O saldo da carteira de cheque especial parcelado em setembro chegou a R$ 20,7 bilhões, um aumento de 9,6% em relação a Agosto, e de 229,5% em relação à ao mesmo mês do ano passado. É um volume semelhante ao saldo de empréstimos por meio do cheque especial rotativo, que alcançou R$ 22,3 bilhões no mês passado.

Os números fazem parte de um levantamento feito pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, e levam em conta os juros cobrados por 12 bancos, que representam cerca de 90% do mercado brasileiro do produto.

A criação do cheque especial parcelado é resultado do normativo da autorregulação bancária sobre o assunto, que passou a valer em 1º de julho do ano passado. De acordo com o documento, os bancos devem sempre manter em oferta linhas de crédito com taxas mais atrativas para os clientes com saldo negativo, e enviar propostas, oferecendo essas linhas, aos que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos.

Importante ressaltar que os clientes têm, à disposição, alternativas de custo bem mais baixo, como o crédito consignado, que representa 20% da carteira de crédito dos bancos. O cheque especial, destinado a emergências e por curto prazo de tempo, representa apenas 1,4% do total do crédito concedido pelas instituições bancárias, que têm custos maiores na oferta desse produto.

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