Lula inaugura fábrica da GWM em SP e diz que Brasil está “aberto para negócios”

Lula inaugura fábrica da GWM em SP e diz que Brasil está "aberto para negócios" Lula fabrica Gwm Chinesa

Iracemápolis (SP), 15/08/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tendo ao lado o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, durante cerimônia de inauguração da Fábrica da GWM Brasil. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira da inauguração da fábrica da montadora chinesa GWM (Great Wall Motors) em Iracemápolis, interior de São Paulo, e reafirmou que o Brasil está de portas abertas para investimentos estrangeiros.

“Conte com o governo brasileiro. Quem quiser sair, saia. Quem quiser vir, nós os recebemos de braços abertos”, disse Lula em discurso durante a cerimônia.

Críticas às tarifas de Trump

O presidente voltou a criticar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, classificando-as como uma “turbulência desnecessária”. Lula afirmou ainda que pretende levar o tema à mesa de discussões do BRICS, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos países-membros.

Indústria automotiva e empregos

A GWM anunciou que a unidade paulista terá capacidade de produção de 50 mil veículos por ano e deve gerar mais de 2 mil empregos diretos e indiretos quando iniciar o processo de exportação para outros países da América Latina.

Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as exportações brasileiras de automóveis devem crescer 38,4% em 2025, alcançando 552 mil unidades, número que reforça o papel estratégico do setor na balança comercial.

Contexto e simbolismo

Lula lembrou a saída de montadoras como Ford e a redução de operações da Mercedes-Benz em anos anteriores, mas ressaltou que a chegada da GWM representa confiança no mercado brasileiro.

“O Brasil está sempre aberto a negociar negócios”, declarou o presidente, em tom de otimismo.

Com a abertura da fábrica chinesa, o governo reforça sua narrativa de atração de investimentos externos em meio às tensões comerciais com os EUA.

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