Cinco anos do Pix: inclusão financeira e inovação impulsionam o sistema no Brasil

Com mais de R$ 2,4 trilhões movimentados em um ano, Pix deixa de ser só um meio de pagamento e passa a estruturar um novo sistema financeiro no Brasil.

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Foto: Reprodução/ Freepik

Cinco anos após seu lançamento, o Pix consolidou-se como um dos principais instrumentos de inclusão e digitalização financeira no Brasil.

De acordo com o estudo “O Novo Perfil do Consumidor Digital”, realizado pela Koin em parceria com o Instituto Datafolha, o sistema de pagamentos instantâneos atingiu 84% de penetração entre consumidores online, movimentando R$ 2,4 trilhões entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025 — um crescimento significativo em relação aos R$ 1,7 trilhão do período anterior.

Mais do que números, o Pix alterou o papel do dinheiro na rotina dos brasileiros. Atualmente, existem 836 milhões de chaves ativas, e 33 milhões de pessoas utilizam o Pix como seu principal meio financeiro, substituindo cartões e boletos.

Segundo Raphael Valente, Diretor de Riscos da Koin, “o Pix se tornou um comportamento, não apenas uma ferramenta”.

Pix Parcelado: inovação para o crédito digital

O estudo também destaca uma nova etapa na evolução do Pix: o Pix Parcelado. Essa modalidade permite que consumidores dividam pagamentos sem a necessidade de cartão de crédito, com liberação imediata para os lojistas e parcelamento via débito direto.

Embora apenas 33% das empresas afirmem conhecer o Pix Parcelado, 72% dos consumidores demonstram interesse em utilizar essa opção nas próximas compras.

A solução é apontada como mais acessível e adequada ao perfil das classes C, D e E, ampliando o acesso ao crédito para quem tem menos vínculo com instituições financeiras tradicionais.

Segundo Valente, “essa inovação amplia o poder de escolha do consumidor, especialmente para quem não tem acesso ao crédito formal”.

Expansão internacional e perspectivas para a América Latina

Inspirados pelo sucesso do Pix, países como Argentina, México e Colômbia estudam implementar sistemas similares, com apoio dos bancos centrais locais.

O modelo account to account (A2A), base do Pix, tende a se consolidar como padrão em mercados emergentes, por eliminar intermediários, reduzir custos e permitir liquidez imediata.

A Koin avalia a possibilidade de integrar o Pix Parcelado a ecossistemas regionais, buscando parcerias com e-commerces e fintechs latino-americanos, com o objetivo de adaptar a inovação brasileira às realidades desses mercados, caracterizados por alta informalidade e baixa bancarização.

Para Valente, “o Pix Parcelado representa uma nova fase da economia digital no Brasil, que pode servir como referência para toda a América Latina”.

Principais dados do estudo

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