Embrapii vai apoiar projetos tecnológicos complexos para atender à Nova Indústria Brasil

Serão direcionados R$ 190 milhões para promover o desenvolvimento tecnológico da indústria nas áreas de Saúde; Transformação digital da indústria; e Bioeconomia, transição e segurança energéticas

Embrapii vai apoiar projetos tecnológicos complexos para atender à Nova Indústria Brasil industria Brasil 1

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) é um dos agentes operadores da Nova Indústria Brasil (NIB).

Para atender aos objetivos da neoindustrialização proposta pelo Governo Federal, a Embrapii vai investir, inicialmente, R$ 190 milhões, em recursos não reembolsáveis, por meio do programa Missões Embrapii. Com a iniciativa, a indústria nacional contará com uma nova modalidade de apoio a projetos de maior complexidade em três das seis missões definidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

São elas: Complexo econômico industrial da saúde; Transformação digital da indústria; e Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas. As Missões Embrapii têm o objetivo de fortalecer e tornar a indústria brasileira mais competitiva em escala global.

A nova modalidade mantém o modelo flexível e ágil da Embrapii, que é desburocratizado, sem necessidade de edital, para executar a política pública de maneira privada.

O apoio financeiro da organização poderá chegar a até 70% do valor do projeto, mais que o disponível no modelo tradicional, que é de até 50%. A meta para 2024 é contratar projetos com uma previsão média de R$ 10 milhões por contrato.

O aporte mínimo será de R$ 5 milhões. Considerando os recursos que também serão aplicados por empresas e centros de pesquisa, a expectativa é de que o total alavancado chegue a R$ 281 milhões.

Além do apoio financeiro, a indústria conta com as competências técnicas das 95 Unidades Embrapii, onde os projetos serão realizados. Essa rede é composta por centros de pesquisa de excelência, espalhados por todo Brasil, com pesquisadores preparados para atender a indústria e com infraestrutura de laboratórios de ponta.

“O Brasil vive hoje um dia muito especial. É o momento em que se lança uma nova política de industrialização, chamada Nova Indústria Brasil (NIB), elaborada com apoio político e forte articulação com entidades de classe, setor produtivo e universidades. A NIB estabelece novas bases para reposicionar a nossa indústria e ampliar sua competitividade em escala global. A Embrapii é um dos agentes operadores de destaque dessa nova política. Das seis missões que foram definidas, nós endereçaremos três, reforçando as ações previstas ao encargo dos demais parceiros”, comenta o presidente da Embrapii, Chico Saboya.

Nova Indústria Brasil

A Nova Indústria Brasil (NIB) foi o tema central da reunião do CNDI realizada na manhã de hoje.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, entregou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a nova política com o plano de ação para o período 2024-2026.

O Governo Federal anunciou R$ 300 bilhões para financiamentos destinados à nova política industrial até 2026. Os recursos serão geridos pelo BNDES, Finep e Embrapii e disponibilizados por meio de linhas específicas.

“Eu diria que a questão do financiamento para pesquisa e inovação está bem equacionada, porque é TR (taxa de juros de referência) e TR não passa de quatro ou cinco por cento ao ano, e é um recurso expressivo de R$ 300 bilhões. Quero aqui destacar o MCTI, participando com a Finep e com a Embrapii – também importantíssima -, além dos recursos do BNDES”, destacou Alckmin.

A Embrapii

A Embrapii é uma Organização Social do Governo Federal e possui contrato de gestão com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A Embrapii atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, e com o setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria.

Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto.

Sair da versão mobile