Dólar chega a R$ 5,86 enquanto mercado aguarda decisão do Copom sobre a Selic; ouro mantém sua valorização

Juros no Brasil e nos EUA seguem no foco dos investidores; arrecadação federal cresce, mas despesas elevam necessidade de financiamento do governo.

Dólar chega a R$ 5,86 enquanto mercado aguarda decisão do Copom sobre a Selic; ouro mantém sua valorização dolar queda

O dólar à vista fechou cotado a R$ 5,8691 para venda, segundo a mesa de operações de câmbio comercial e turismo da Ourominas. O mercado segue atento ao diferencial de juros entre Brasil e EUA, com as apostas de que hoje o Copom elevará a Selic em 1%, enquanto o Fed manterá sua taxa inalterada. 

No cenário fiscal brasileiro, a arrecadação federal em 2024 cresceu 9,62% em relação a 2023, atingindo o melhor resultado desde 1995. Contudo, a necessidade de financiamento do governo geral subiu para 7,6% do PIB no terceiro trimestre de 2024, ante 6,7% no mesmo período de 2023. O aumento das despesas, especialmente com benefícios previdenciários e assistenciais, pressiona o equilíbrio fiscal.

No calendário econômico de hoje, destacam-se: a declaração de política monetária da zona do euro (10:15) e a decisão de juros dos EUA (16:00), seguida de coletiva do FOMC. No Brasil, serão divulgados a receita tributária de dezembro (10:30), o fluxo cambial (14:00) e a nova Selic (18:30).

Ouro valorizado

Segundo a Ourominas, o mercado de ouro no Brasil reflete tendências globais influenciadas por diversos fatores econômicos e geopolíticos. Recentemente, o ouro tem apresentado valorização devido às expectativas de uma política monetária mais branda pelo Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos ao longo de 2025. A perspectiva de uma inflação mais moderada nos EUA sugere uma possível redução nas taxas de juros, o que tende a enfraquecer o dólar e aumentar a atratividade do ouro como investimento.

Além disso, as compras de ouro por Bancos Centrais têm sido um fator significativo no mercado para os preços do metal precioso. Para investidores brasileiros, é crucial acompanhar essas tendências globais, bem como fatores internos, como a política econômica nacional e a taxa de câmbio, que podem influenciar o preço do ouro no mercado doméstico.

Nota:

As análises foram realizadas com a contribuição dos especialistas Elson Gusmão, Diretor de Operações; e Mauriciano Cavalcante economista da Ourominas, considerada uma das maiores empresas de ouro e câmbio do país. 

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