O presidente Donald Trump anunciou nesta segunda-feira um cessar-fogo entre Israel e Irã, mediado pelos Estados Unidos após dias de intensos confrontos e crescente tensão internacional. A declaração foi feita por meio de nota oficial divulgada em sua mídia social Truth Social.
Ainda de acordo com a nota, os termos do cessar-fogo incluem a suspensão imediata de ataques mútuos, o monitoramento internacional por observadores da ONU e o compromisso de retomada de negociações indiretas nas próximas semanas. A decisão começa a valer a partir da meia-noite.
A comunidade internacional reagiu positivamente ao anúncio, embora especialistas em geopolítica alertem que a situação permanece frágil e que qualquer incidente pode reacender os conflitos.
A Casa Branca e líderes do Congresso foram notificados oficialmente sobre o acordo, que foi descrito como resultado de uma série de conversas secretas entre diplomatas norte-americanos e representantes dos dois países.
Uma autoridade de alto escalão do Irã confirmou à agência Reuters nesta segunda-feira (23) que o país aceitou o cessar-fogo sugerido pelos Estados Unidos.
Em alerta
Mais cedo, em carta oficial endereçada ao presidente da Câmara dos Representantes e ao presidente pro tempore do Senado, Trump declarou que os Estados Unidos estão preparados prontos para tomar novas medidas, conforme necessário e apropriado, para enfrentar novas ameaças ou ataques.
No documento divulgado no site oficial da Casa Branca, Trump justificou a recente ação militar como uma iniciativa de autodefesa coletiva em apoio a Israel e com o objetivo de eliminar o programa nuclear iraniano, classificado como uma ameaça direta aos interesses nacionais dos Estados Unidos.
“Dirigi esta ação militar consistente com minha responsabilidade de proteger os cidadãos dos Estados Unidos tanto em casa quanto no exterior, bem como na promoção da segurança nacional e dos interesses da política externa dos Estados Unidos. Agi de acordo com minha autoridade constitucional como Comandante-em-Chefe e Chefe do Executivo e de acordo com minha autoridade constitucional para conduzir as relações exteriores dos Estados Unidos”, escreveu Trump.
Segundo o presidente, a ação foi necessária e proporcional, em consonância com o direito internacional. Ele reforçou que os EUA permanecem vigilantes e prontos para agir, caso novas ameaças surjam no cenário internacional.
A ofensiva marca um novo capítulo nas tensões entre os países, ampliando os riscos de uma escalada militar no Oriente Médio e reacendendo os debates sobre os limites da autoridade executiva em decisões bélicas sem a aprovação formal do Congresso.
Essa matéria será atualizada conforme novas informações forem divulgadas.