O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 5,8159 para venda, conforme informado pela mesa de operações de câmbio comercial e turismo da Ourominas. Apesar da moeda norte-americana ter encerrado o dia em queda, chegou a atingir R$ 5,9058 durante a sessão, pressionada pelas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos importados do Canadá, México e China.
O mercado se acalmou na parte da tarde, após o anúncio de um acordo entre México e EUA, que suspendeu por 30 dias a tarifa de 25% sobre produtos mexicanos. Com isso, o dólar acumula queda de 5,88% no ano. O cenário de guerra comercial continua influenciando o câmbio, e no Boletim Focus de ontem as projeções para o dólar no final de 2025 e 2026 permanecem em R$ 6,00, com expectativas de inflação revisadas para cima.
Hoje, a atenção do mercado se volta para a divulgação da Ata do Copom, que pode trazer sinais sobre os próximos passos da política monetária. Na última reunião, o colegiado elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual e sinalizou outro aumento de mesma magnitude para o próximo encontro, sem detalhes sobre movimentos futuros ou a taxa final.
No calendário econômico do dia, destacam-se:
- IPC-Fipe de janeiro (pré-abertura do mercado);
- Ata do Copom (8h);
- Inflação ao produtor de dezembro (10h).
Nos EUA, serão divulgadas as ofertas de emprego Jolts de dezembro (12h – horário New York), além de discursos de membros do FOMC, com Mary Daly e Raphael Bostic, no período da tarde.
A China também retoma suas atividades após o feriado do Ano Novo, e o mercado aguarda a reação do país aos 10% de tarifas impostas por Trump, que entram em vigor hoje.
Já o ouro continua sendo um dos ativos mais procurados por investidores que buscam segurança, especialmente em momentos de incerteza econômica. Hoje, a cotação do ouro segue relativamente alta, refletindo a valorização do metal como reserva de valor diante das flutuações do dólar e das expectativas do mercado financeiro.
Vários fatores que influenciam a cotação atual, entre eles política monetária dos EUA, visto que a postura do Federal Reserve sobre juros impacta diretamente o ouro. Se houver expectativa de cortes nas taxas de juros, o ouro tende a subir, pois se torna mais atrativo que ativos de renda fixa, a Inflação global persistente, muitos investidores recorrem ao ouro como proteção contra a perda de poder de compra.
Além disso, a geopolítica com tensões internacionais podem aumentar a demanda por ouro, já que é visto como um porto seguro em tempos de crise e também as demandas na China e Índia. O consumo de ouro nesses países, tanto para joias quanto para investimentos, também influencia o preço global.
Para quem está pensando em investir, vale acompanhar a volatilidade e considerar se o momento é adequado para comprar ou vender.
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As análises sobre a cotação de câmbio de moedas e as atualizações do mercado nacional e internacional foram realizadas pelos especialistas e comentaristas Elson Gusmão e Mauriciano Cavalcante da Ourominas e não refletem, necessariamente, a opinião da Revista Capital Econômico.
Sobre os Especialistas
Elson Gusmão e Diretor de Operações da Ourominas, empresa de ouro e câmbio, é formado em Gestão Financeira e está há mais de 8 anos na Instituição Financeira e DTVM.
Mauriciano Cavalcante é economista da Ourominas, bacharel em Negócios Internacionais e Comércio Exterior.