O índice do dólar americano caiu para 98 nesta segunda-feira (21), registrando sua segunda sessão consecutiva de baixa, em meio à crescente atenção dos mercados às negociações comerciais globais, sinais econômicos internos e movimentos políticos do Federal Reserve.
O Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reafirmou que o dia 1º de agosto permanece como um “prazo rígido” para que países comecem a arcar com as novas tarifas impostas pelo governo norte-americano. Apesar disso, ele destacou que as negociações diplomáticas seguirão em curso até a data-limite, mantendo os mercados em estado de alerta.
No campo monetário, o governador do Federal Reserve, Christopher Waller, reforçou sua posição favorável a um corte nas taxas de juros já em julho. Segundo ele, o arrefecimento do mercado de trabalho e o comportamento moderado da inflação justificam a flexibilização da política monetária. Waller também minimizou os efeitos inflacionários causados pelas tarifas recentemente anunciadas, classificando-os como “temporários” e garantindo que as expectativas de inflação seguem ancoradas — o que, segundo ele, amplia o espaço para o Fed agir.
Além das decisões de política econômica, os investidores também aguardam a divulgação dos principais indicadores econômicos referentes ao mês de junho, que devem oferecer sinais importantes sobre a direção da economia norte-americana no segundo semestre.
Em outro cenário relevante, o dólar também recuou levemente frente ao iene japonês, após a coalizão governista do Japão sofrer uma derrota histórica nas eleições para a câmara alta do parlamento. O resultado eleitoral aumentou a incerteza política no país, contribuindo para uma ligeira valorização da moeda japonesa como ativo de segurança.