Dólar abaixo dos 5 Reais

como economizar câmbio

Era mais um dia tenso para os mercados quando o dólar, em março de 2020, ultrapassava a marca dos R$ 5.

Desde de então o real foi desvalorizando por diversos motivos.

O que observamos nos últimos dias é que crise nenhuma se perdura para sempre e que bastam algumas notícias do mercado internacional para que as expectativas mudem e as análises sobre nós emergentes também mude, inclusive sobre o nosso subvalorizado REAL.

Por volta das 11 horas da manhã, o dólar já operava em queda de aproximadamente -2,9%, chegando a ser cotado a R$ 4,98.

Apesar da volatilidade implícita estar bem acima da média das outras moedas negociadas, o REAL se valoriza por vários motivos:

– Foi a moeda que mais sofreu desde março, ou seja, teve a pior desvalorização entre todas as moedas, isso a tornaria em qualquer momento um ativo de “risco x retorno” interessante;

– As notícias positivas que vieram da Zona do Euro, informando que o Banco Central Europeu irá aumentar a compra dos BONDS em mais de 1,350 trilhões de euros também influenciou bastante pois existe um índice que se trata de uma “cesta de moedas globais” contra o Dólar (DXY) e nesta cesta inclui o EURO que tem se apreciado bastante, fazendo com que o Dólar também se deprecie frente a outras moedas e, consequentemente, faça o REAL ganhar folego;

– Os dados do desemprego nos Estados Unidos também surpreenderam os mercados, pois se tinha uma expectativa de redução 7,5 milhões de empregos e o que chegou ao mercado foi a criação de 2,0 novos empregos, ou seja, a retomada gradativa das economias já estão mostrando resultado, o que não diminui o risco de proliferação da COVID-19, então ainda assim, é necessário muita cautela;

– Entretanto, os mercado emergentes começam a ser vistos como interessantes e os riscos envolvidos começam a fazer sentido para os investidores, o que chamamos de “FLYGHT TO RISK” e também corrobora a ideia dos ativos nos mercados emergentes estarem baratos (quando se compara o preço dos ativos em dólares) fazendo com que investidores estrangeiros busquem estas alternativas, e a consequência é a “venda do Dólar e a compra do Real” por exemplo.

É importante salientar que as expectativas em torno das aberturas das economias influenciam bastante os preços das commodities e das moedas nos mercados, gerando expectativas muitas vezes contraditórias aos números que acompanhamos de PIB, INFLAÇÃO, entre outros indicadores. Então cautela, análise, estudo e um pouco de café não faz mal a ninguém.

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