Os dados mais recentes do relatório Payroll, divulgado nos Estados Unidos, apresentaram sinais mistos, com indícios de desaceleração na economia. O crescimento dos salários recuou para 0,2%, a taxa de desemprego subiu para 4,1% e os indicadores de atividade econômica mostraram retração.
O cenário levou o mercado a interpretar que o Federal Reserve (Fed) pode não ter mais espaço para elevar os juros e, possivelmente, antecipar cortes na taxa básica.
Diante desse entendimento, ativos de risco reagiram positivamente. O Bitcoin chegou a oscilar 1,5% no dia, refletindo o otimismo temporário dos investidores.
Bitcoin atinge máxima mensal, mas recua
No mesmo dia da divulgação do Payroll, o preço do Bitcoin alcançou uma nova máxima mensal, sendo negociado a US$ 110.539 — patamar que não era visto desde junho de 2025. No entanto, a valorização não se sustentou: o ativo recuou cerca de 3%, sendo cotado em seguida a US$ 107.250.
Apesar da correção, o movimento de preços permanece em uma faixa lateral, o que, segundo analistas, pode sinalizar uma fase de reacumulação antes de uma possível nova alta. Caso ocorra um rompimento dessa lateralização com forte entrada de compras, os alvos projetados para curto e médio prazo estão nas faixas de US$ 111.200 e US$ 112.200.
Por outro lado, uma pressão vendedora poderia levar o Bitcoin aos níveis de suporte de US$ 104.000 e US$ 101.475.
Ethereum apresenta queda, mas tenta recuperação
O Ethereum também teve um movimento volátil nos últimos dias. Após atingir US$ 2.619 na última quinta-feira (3), a criptomoeda recuou 6%, sendo negociada a US$ 2.474 no dia seguinte.
Na data de hoje, o ativo opera próximo dos US$ 2.560, valor considerado uma resistência de curto prazo.
Caso haja reversão negativa a partir deste ponto, os suportes mais próximos estão nas faixas de US$ 2.500 e US$ 2.250. Se, por outro lado, o mercado apresentar forte fluxo comprador, as resistências seguintes estão nos níveis de US$ 2.777 e US$ 3.290.
Celestia (TIA) registra alta expressiva em junho e julho
A criptomoeda Celestia (TIA) se destacou nas últimas semanas, com valorização acumulada de 26% entre os dias 1º de junho e 7 de julho. O ativo saiu de US$ 1,33 e atingiu a máxima de US$ 1,68 no período analisado.
No entanto, a entrada de alto volume financeiro próximo ao topo sugere possível correção de preços. Os suportes projetados estão nos níveis de US$ 1,53 e US$ 1,47. Em caso de retomada da pressão compradora, as resistências próximas encontram-se nas regiões de US$ 1,80 e US$ 1,94.
O comportamento recente das criptomoedas reflete a sensibilidade dos ativos de risco às expectativas de política monetária global, especialmente nos Estados Unidos. Investidores seguem atentos aos próximos indicadores econômicos e às sinalizações do Federal Reserve quanto à trajetória dos juros.