Crescimento da Criptoeconomia na América Latina: Relatório da Bitso Destaca Expansão no Brasil e Tendências Emergentes

Terceira edição do relatório 'Panorama Cripto na América Latina' aponta também o aumento da adoção de criptoativos no Brasil, além da maior diversificação de portfólios e sofisticação dos investidores

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Foto: Reprodução/ Freepik

A Bitso, plataforma líder na América Latina de serviços financeiros baseados em criptomoedas, divulgou a terceira edição do relatório Panorama Cripto na América Latina, que analisa as tendências e comportamentos do mercado cripto na região.

O estudo destaca um ano de crescimento e amadurecimento do setor, impulsionado por fatores como a regulação, inovações tecnológicas e uma maior participação institucional.

Expansão do Mercado de Criptomoedas no Brasil

No Brasil, a adoção de criptomoedas continua em ascensão, com um aumento de 6% na base de usuários da Bitso. O estudo revela que as stablecoins (moedas digitais atreladas a ativos estáveis, como o dólar) ganharam popularidade entre os brasileiros, superando o Bitcoin nas compras realizadas em 2024.

As stablecoins USDC e USDT representaram 26% dos ativos digitais comprados no país, enquanto o Bitcoin (BTC) ficou com 22%. Esse movimento reflete o interesse dos investidores por alternativas mais seguras, em resposta à volatilidade do real.

A Country Manager da Bitso Brasil, Bárbara Espir, destacou a importância do Brasil no contexto da criptoeconomia da região: “Com um ecossistema cripto dinâmico e a regulamentação em avanço, o Brasil segue sendo um mercado estratégico para nós”, afirmou. Ela acrescentou que o mercado brasileiro está amadurecendo, com investidores mais experientes e uma diversificação crescente dos portfólios.

Perfil e Comportamento dos Investidores Brasileiros

Em 2024, o Brasil continuou a ser um dos maiores mercados da Bitso, com 1,9 milhão de usuários, o que representa um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. A faixa etária predominante entre os investidores brasileiros é de 25 a 34 anos, que representa 38% dos usuários ativos.

A pesquisa também identificou uma maior diversificação nos portfólios dos investidores. Embora o Bitcoin tenha se mantido como o ativo mais detido, sua participação nas carteiras caiu em 13 pontos percentuais em comparação com o ano anterior.

Esse declínio é atribuído à realização de lucros após a valorização da criptomoeda ao longo de 2024. Em contrapartida, as stablecoins, como USDT e USDC, aumentaram em 7 pontos percentuais.

Outro fenômeno observado foi o crescimento das memecoins (criptomoedas populares em grande parte por sua comunidade), com destaque para o token PEPE, que teve um aumento significativo nas carteiras dos investidores.

Além disso, o estudo revelou um avanço na sofisticação dos investidores brasileiros, com um aumento no uso de ferramentas avançadas de trading, como o Bitso Alpha, que permite a execução de ordens programadas e análises técnicas.

Regulação e Segurança para Investidores

A regulação tem se mostrado um fator fundamental para o amadurecimento do mercado de criptomoedas no Brasil. Com discussões em torno do Marco Legal das Criptomoedas e da regulamentação das stablecoins, os investidores passaram a ter maior segurança para operar no setor.

A evolução regulatória não só fortalece a proteção aos usuários, mas também atrai investidores institucionais, em busca de um ambiente mais estruturado e transparente. Essa previsibilidade tem impulsionado a adoção de criptoativos e consolidado o Brasil como um mercado de alto potencial.

Perspectivas para o Mercado Cripto

O relatório analisou o comportamento de mais de 9 milhões de usuários da Bitso, durante o ano de 2024, focando nos países em que a empresa opera: Argentina, Brasil, Colômbia e México. A pesquisa destacou o crescimento contínuo da base de usuários e o amadurecimento do mercado cripto na região.

Com o avanço regulatório e a adoção crescente de criptomoedas, o mercado cripto na América Latina, especialmente no Brasil, parece pronto para seguir sua trajetória de expansão e inovação.

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