Corretora de câmbio aponta alternativas para compra de dólares nas férias, com moeda superando R$ 6

Executivo da Europa Câmbio compara os custos de cada modalidade de troca para quem ainda precisa adquirir a moeda norte-americana

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A recente alta na cotação do dólar, que ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 6 no final de novembro, pegou de surpresa os brasileiros a poucas semanas do final do ano, época em que a demanda por câmbio costuma ser alta. Isso pode ser um problema para muitas famílias que pretendem aproveitar as férias escolares para fazer viagens internacionais. Entre as opções mais utilizadas pelos turistas estão o papel moeda, cartões pré-pagos e contas globais. 

Para quem tem viagens internacionais no horizonte e ainda não fez toda a operação de câmbio necessária, o gestor de varejo da Europa Câmbio, Paulo Victor Pereira, sugere não deixar essa providência para o país de destino, onde as taxas frente ao real serão menos vantajosas. “Se a viagem for para alguns países menos visitados por brasileiros, o viajante terá mais dificuldade de encontrar as moedas locais em espécie em corretoras e bancos daqui. Nesse caso, terá que comprar dólar ou euro no Brasil e realizar a conversão no país de destino”, explica.

Modalidades de câmbio têm custos variados

Usar o cartão de crédito como principal meio de pagamento das despesas da viagem é uma solução cômoda e, em alguns casos, esses gastos podem ser convertidos em milhas ou outros prêmios. O maior inconveniente é a alíquota de IOF, hoje em 4,38%, que recai sobre cada transação. Mas essa alíquota está sendo reduzida em 1% a cada ano: cairá para 3,38% a partir de 2 de janeiro de 2025, 2,38% em 2026, 1,38% em 2027 e zero a partir de 2028.

A mesma alíquota de IOF do cartão de crédito também incide sobre as compras efetuadas com os cartões pré-pagos, do tipo “Travel Money”, que já foram muito populares com os turistas. “O pré-pago é uma boa solução para menores de idade que vão viajar ou passar temporadas maiores estudando e morando no Exterior, ou ainda por quem procura uma solução mais prática, sem a necessidade de abertura de uma conta global”, recomenda o executivo.

As contas globais, aliás, vêm ganhando muito espaço nos últimos anos, principalmente pelo IOF mais baixo: apenas 1,1%. Mas, além do trabalho de abertura da conta, é preciso verificar a existência de outras taxas e informar os saldos corretamente na declaração de Imposto de Renda.

Por fim, outra solução interessante são as empresas e aplicativos de remessa de dinheiro para o Exterior. Elas também servem como recurso em viagens, já que o próprio viajante pode enviar dinheiro para si mesmo e sacar no país visitado. “Eles funcionam bem tanto em emergências como para envio de valores para quem está viajando ou morando em outro país. O fluxo operacional é bastante rápido: em 15 minutos, a pessoa consegue receber o dinheiro lá fora, sem a necessidade de ter uma conta no Exterior”, comenta Pereira.

Em resumo, comodidade tem um preço. “Se por um lado o viajante pode ter o benefício de lidar apenas com um cartão ou aplicativo, os custos envolvidos costumam superar o bom e velho dinheiro em espécie. Contudo, caso opte pela opção mais tradicional, é preciso procurar uma instituição de confiança, pesquisar cotações e, sobretudo, não descuidar das cédulas em momento algum da viagem”, sugere Pereira.  

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