O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV IBRE, apresentou queda de 0,5 ponto em agosto, atingindo 86,2 pontos (dados dessazonalizados). O resultado reverte o avanço observado em julho e reflete, sobretudo, o enfraquecimento das expectativas em relação à economia.
Um outro índice que também apresenta queda e o Índice de Expectativas (IE) que recuou 1,3 ponto, para 88,1, impactado pela terceira queda consecutiva da perspectiva econômica local, que caiu 2,8 pontos, para 97,7, e pelo recuo de 2,6 pontos nas expectativas financeiras das famílias, que atingiram 79,8 – o menor nível desde setembro de 2021.
Em contrapartida, o indicador de compras planejadas de bens duráveis subiu 1,3 ponto, alcançando 88,2, o maior patamar desde dezembro de 2024.
Já o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 1,1 ponto, para 84,5, registrando sua segunda alta consecutiva. O movimento foi puxado pela melhora de 2,6 pontos nas finanças das famílias, que chegaram a 75,4, enquanto a percepção sobre a situação econômica local teve leve queda de 0,3 ponto, para 94,0.
Segundo a economista Anna Carolina Gouveia, a confiança do consumidor brasileiro “se manteve estável nos últimos três meses, sem apresentar uma tendência clara, mas permanecendo em níveis historicamente fracos”.