Com foco na inflação, BC eleva Selic pela quinta vez consecutiva

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O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa básica de juros, Selic, de 5,25% para 6,25% nesta quarta-feira (22), diferença de um ponto percentual.

Esta é a maior alta desde 2019. Isso significa que nos próximos meses, com a tendência de alta, os brasileiros sentirão um maior impacto em diversas áreas, como no crédito, no consumo e nos investimentos.

Segundo avaliações, isso acontece para conter a crescente inflação. O Copom tenta, desta forma, enquadrá-la na meta estabelecida para este ano, cujo teto é de 5,25%, no entanto, a elevação dos preços já atingiu 5,67% entre janeiro e agosto.

Segundo o economista Douglas Duek, CEO da Quist Investimentos, que também é especialista em recuperação judicial, o aumento da Selic pode ser considerado um reflexo da pressão econômica. “O IPCA já atingiu 9,68% em 12 meses.

O Banco Central se baseia nisso para tomar a decisão, que visa segurar essa alta de preços”, explica.

Na perspectiva de Duek, a taxa continuará avançando e pode atingir 8,25% ao ano, no fechamento de 2021.

O Economista explica que, com essa crescente, quem investe em poupança tenderá a perder rentabilidade para a inflação o que, em contrapartida, não acontece com outros investimentos, como títulos públicos e Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA).

Para quem pensa em investir, Douglas indica cuidado e diversificação, pois isso ajuda a aumentar as possibilidades de retorno financeiro a longo prazo.

Ele também orienta estudar, antes de qualquer ação, os objetivos que se pretende alcançar com o investimento e o prazo em que se pensa esse retorno.

Em caso de reservas de emergência, a baixa volatilidade é um fator importante, o que pode ser encontrado nos investimentos atrelados à renda fixa, que caracteriza uma escolha mais conservadora.

Segundo o Boletim Focus, relatório semanal divulgado pelo BC, a expectativa é que a Selic sofra redução em 2023 e 2014. “Por isso é importante avaliar bem o objetivo do investimento. Quero resultados a longo prazo? Então, o investimento ligado diretamente à Selic pode não ser a melhor opção”, finaliza

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