Segundo o Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º trimestre de 2021, realizado pela CBIC nesta segunda-feira (26), o setor da construção civil começou este ano com expectativa de crescer 4%.
Com a pandemia e aumento nos custos dos insumos, esse número foi reduzido para 2,5% em março.
Agora, a expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o PIB do setor voltou a subir para 4%, o que seria seu maior crescimento desde 2013.
Essa mudança na expectativa é reforçada pelo incremento do financiamento imobiliário, as taxas de juros em patamares reduzidos e a melhora do ambiente econômico. Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o setor teria condições de crescer 6% neste ano.
“A construção é como uma Ferrari com freio de mão puxado. Poderia ser um ano histórico em termos de crescimento e contratação de trabalhadores. Mas alguns fatores, como o aumento dos insumos, criaram temor dos empresários e acabou que não estamos com a atividade que poderíamos estar”, disse o presidente.
A Cavazani Construtora, que atua há 12 anos com empreendimentos do Programa Casa Verde e Amarela, já sente essa aceleração do mercado.
“Nos últimos 3 meses, a Cavazani teve um aumento de 12% no número de postos de trabalhos e, até o final do ano, este número continuará aumentando por conta da demanda dos lançamentos. Teremos lançamentos em Agosto e Novembro”,conta Cecília Cavazani, sócia-diretora da construtora.
Dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), mostraram que só no primeiro trimestre deste ano, as grandes incorporadoras do país registraram aumento de 39% nos lançamentos de imóveis.
As vendas do período tiveram alta de 21% na comparação com o mesmo trimestre de 2020. Para a sócia-diretora, Cecilia Cavazani, a expectativa de futuro é otimista.”Aqui na Cavazani já prevemos para 2021 lançamentos de 1.580 unidades, todas incluídas no Programa Casa Verde Amarela e com VGV de aproximadamente R﹩ 300 milhões de reais. Continuamos otimistas com o crescimento do mercado. Nossa maior preocupação é a inflação no preço dos insumos.”
O levantamento da CBIB mostrou que a falta e alta de matéria-prima ainda são as principais preocupações dos empresários da construção civil, atingindo 55,5% dos pesquisados. Na sequência, aparece a elevada carga tributária, com 31,5% dos entrevistados.